Jardim da Existência
O vento nu despindo
árvores no outono
Para cada lanterna acessa
um monstro a se descobrir
Passar a tarde de verão
costurando palavras em versos
Nos jardins ocultos
cultivando amizades
embora sejam cultos
Cada espaço a passo
da supremacia
Estendida a lona cinza azul
mastigar o inverno cru
Olhar clínico de um astronauta
perdido em dimensões
O poema agradece pela
compreensão
Índigo despertar mudança
em crianças
Quando for a hora de colher
as flores da existência não
deixe ás lagrimas escorregarem
É apenas primavera
Regar inspirações para minhocas
Pedras esmagando obstáculos
Insetos polinizar a flora mental
com seu influxo moral
Pássaro enfermiço pela
emoção doentia conduza
sua eterna busca.