COM OS NOSSOS AIS

(Paródia de "Como Nossos Pais" de BELCHIOR, para a peça Teatral “Os Caras de Bronze” (descarados, corruptos, sem personalidade) de minha autoria.

Não quero lhes falar, do destemor

Das coisas que jogam no lixo

Quero lhes contar como eu sinto e tudo o que acontece comigo

Viver é o dom de sonhar

Eu sei que o fazem, como fosse boa

Mas também sei que roubar é o pior na vida de qualquer pessoa

Por isto cuidado, não veem, ao pagar a propina,

Só conseguem fechar a entrada no mundo que nos faz jovem

Aqui ao chegar, figurão, e medir sua estatura

Verá que tem curtos braços, é mudo, pois perdeu sua voz

Você se encontra em total solidão

Não vai poder vangloriar, sua atual posição

Para ficar neste terreiro, vai ter que olhar o coração.

Pois este é o espaço, que não cheira a corrupção

Aqui só cabe a alegria, o prazer e a emoção.

Quando era jovem eu lhe via alegre, correndo, gente curtindo a vida

Seu quarto cheio de fotos era a tradução de um bom rapaz

Não sou louco, nem delirante e tampouco reduzindo-o a menor

No fundo somos os mesmos e vivemos

Em busca de paz.

Nossas crenças, lá no fundo, são as mesmas e as aparências não mudam não

Nos enganamos, crendo que o dinheiro fala mais que alguém

Não creia que estou por fora, que sou um pobre sem ninguém

Louco é você que deixou o passado e que não vê

Você que deixou o passado e que não vê

Que é possível ser feliz

Já sei que quem me deu a vida eterna, conhecimento e juventude para sempre

Está conosco sorrindo, ignorando o vil metal

Minha tristeza é sentir que todos fazem sempre um corre-corre

E ainda são os mesmos e vivendo

Ainda são os mesmos e vivendo,

Como dita o social.

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