Kazhimir III

De Bombaim a Moscou

ancião viajante desenhou

seu rastro no catálogo

Rei destronado se remoendo

pelos cantos de uma praça

Dançarina de Budapeste

sua primeira veste ele concedeu

Cuspiu, meteorito com

sete pragas ao mar etílico

Nunca ao avesso, todos

podem enxergar seu

lado ruim e depressivo

Todas expectativas do mundo

em redemoinho sangrento

Domingo nobre,mas sem

vida nas estradas bucólicas

Gengis Khan ensina sua

lição de carnificina

Seu guia uma harpia bronzeada

sempre brilhando mais que o sol

Moedas, sorte e um

cassino descalibrado

Lençol de vento para

aquecer o frio bélico

Miragem murmurando coisas

gentis nas montanhas da loucura

Livros simbióticos nas prateleiras

a espera de mentes em vácuo

Os sinos sempre te fazem

lembrar e chorar em introspeção

Todos os castelos de areia já

desabaram hora de voar.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 10/12/2012
Código do texto: T4028260
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