Kazhimir III
De Bombaim a Moscou
ancião viajante desenhou
seu rastro no catálogo
Rei destronado se remoendo
pelos cantos de uma praça
Dançarina de Budapeste
sua primeira veste ele concedeu
Cuspiu, meteorito com
sete pragas ao mar etílico
Nunca ao avesso, todos
podem enxergar seu
lado ruim e depressivo
Todas expectativas do mundo
em redemoinho sangrento
Domingo nobre,mas sem
vida nas estradas bucólicas
Gengis Khan ensina sua
lição de carnificina
Seu guia uma harpia bronzeada
sempre brilhando mais que o sol
Moedas, sorte e um
cassino descalibrado
Lençol de vento para
aquecer o frio bélico
Miragem murmurando coisas
gentis nas montanhas da loucura
Livros simbióticos nas prateleiras
a espera de mentes em vácuo
Os sinos sempre te fazem
lembrar e chorar em introspeção
Todos os castelos de areia já
desabaram hora de voar.