Fênix Kamikaze

Quanto vale um diamante

fora do universo vigilante

Quase morto,abra seus

olhos e veja uma renascença

dolorida pronta para ser sacudida

Perseverança em jejum

sobre a fênix kamikaze

Desorganizar seus complexos

e construir cada passo sem regras

Assopre minha ferida e a deixe

chorar em silêncio simbólico

Sempre o sarcasmo contínuo

no teatro das raposas

Se distraindo olhando

para a ilusão no casulo

Em uma cama mentalizada se

deita o coágulo noturno

Sua arte evaporando em cima

de propagandas transgressivas

Nuvens em colisão, trovões órfãos

despencam sem um rumo

Essa é uma tarde sem respostas para

perguntas que não vêem a luz do dia

Esvazie minhas malas e deixe

um erro abandonado dentro do carro

Na linha de montagem de teorias

Espectros dançam na sala vazia

O caminho imaginário do paraíso

é de açúcar contemplativo

Me faça descer ao abismo e

resgatar a depressão natural

Poetas nunca morrem de verborragia

muito menos de lirismo anêmico.

Darcy Bulhões
Enviado por Darcy Bulhões em 08/01/2013
Reeditado em 03/02/2013
Código do texto: T4073518
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