Eterno luto

Rosto vazio

Corpos no cio

Buscar sozinho

O paraíso

Este semblante que se esconde por trás

Não é capaz, não é capaz

Esta geração de seres tão distintos

E olhar faminto, olhar faminto

No espelho, a face

Não tem disfarce

De eterno luto

Luto gratuito

Rudes palavras da boca de um morto

Não absorvo e não absolvo

Meu gozo é direito, a noite é privada

Certas palavras não me dizem nada

Se dorme ao sol, num astro de luz

Agarrado à ideia, luz que reluz

Se dorme ao sol, num astro de luz

Absorvem a dor que vem da cruz

Punindo o que se tornou passado

Sugando o proveito, o amado

Bruno Sousa
Enviado por Bruno Sousa em 14/05/2013
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