Réu confesso

Quase sempre estou cansado

Cortina aberta à tentação

Meu desvario é um retalho mal-cortado

Que eu carrego sempre à mão

Ah! Mas o abuso satisfaz

Pende sempre para um lado

A parte que não tem perdão

Meu orgulho é um palhaço envergonhado

Que se move sem direção

Ah! Mas o abuso satisfaz

Sinto-me subjugado

Numa ânsia sem fim

Os meus temores são fantasmas do passado

E eu os guardo todos em mim

Ah! O abuso satisfaz

O vinho branco me dá paz

E estou de novo contra mim

Neste retrocesso é que te peço

Na hora que for para reagir

Trate-me como réu confesso

Que aí não posso resistir

Bruno Sousa
Enviado por Bruno Sousa em 09/08/2013
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