Ritual (Cazuza)
Pra que sonhar?
A vida é tão desconhecida e mágica
Dorme às vezes do teu lado, calada
Pra que buscar o paraíso?
Se até o poeta fecha o livro!
Sente o perfume de uma flor no lixo e fuxica
Tantas histórias de um grande amor perdido
Terras perdidas, precipícios
Faz sacrifícios, imola mil virgens
Uma por uma, milhares de dias
Ao mesmo Deus que ensina prazo
Ao mais esperto e ao mais otário
Que o amor na prática é sempre ao contrário
Pra que chorar?
A vida é bela e cruel despida
Tão desprevenida e exata, que um dia acaba