Quem detém o monopólio da verdade?

Por anos e anos escutamos as histórias

De ideias, batalhas, guerras, heróis e glórias

Viajando mundo afora levando paz e justiça

Cavalgando sobre a aurora, portando espadas, faíscas

Voam brilhando, iluminando e a anunciando

A revolução de uma nova era que vem chegando

Mas a cada novo ano uma nova versão surge

Caiu Homero, subiu Paulo que brada e ruge

aos quatro ventos as palavras de um novo salvador

E suas palavras sempre mudam a cada novo tradutor

Ou historiador que o tente desvendar, mas quem pode dizer

se cada ideia não é mais que um instrumento de poder?

Quem detém o monopólio da verdade

Se mais convém o que alimenta a vaidade?

Nociva, venenosa, altamente poderosa

E viciante, essa é a maior droga.

Afeta todo ser humano a aceitar qualquer ideia

Não importa quão ruim sejam as provas

Dissecadas na prosa, na trova, nos velhos pergaminhos

De papiro fotocopiados e impressos nos livrinhos

Da escola que pouco nos educa mas doutrina bastante

Transformando nossas mentes em meras ferramentas operantes.

Mas cada dia a história, como toda ciência - exata ou não exata- se desfaz em uma nova errata.

Um novo conto é contado, velhos cantos desdenhados

E a pesquisa continua pro conhecimento não ficar parado.