FESTIVAIS ETERNOS: " A MASSA "

Canção que obteve a terceira colocação, no MPB Shell 80, realizado pela Tv Globo, em 1980, na voz de Raimundo Sodré.

A dor da gente é dor de menino acanhado,

menino-bezerro pisado,

no curral do mundo a penar.

Que salta aos olhos

igual a um gemido calado,

a sombra do mal-assombrado

é a dor de nem poder chorar.

Moinho de homens que nem girimuns amassados,

mansos meninos domados,

massa de medos iguais.

Amassando a massa,

a mão que amassa a comida,

esculpe, modela e castiga

a massa dos homens normais.

Quando eu lembro da massa da mandioca mãe, da massa.

( When I remember of "massa" of manioc ).

Nunca mais me fizeram aquela presença, mãe.

Da massa que planta a mandioca, mãe.

A massa que eu falo é a que passa fome, mãe.

A massa que planta a mandioca, mãe.

( Quand je rappele de la masse du manioc, mére ).

Quando eu lembro da massa da mandioca.

Lelé, meu amor lelé, no cabo da minha enxada

não conheço " coroné ".

Eu quero mas não quero, (camarão).

Minha mulher na função, (camarão).

Que está livre de um abraço

mas não está de um beliscão.

Torna a repetir meu amor: ai, ai, ai !

É que o guarda civil não quer a roupa no quarador.

Meu Deus onde vai parar, parar essa massa.

Meu Deus onde vai rolar, rolar essa massa.

VIDEO: http://www.youtube.com/watch?v=jLJxpegJTQo

Raimundo Sodré e Antonio Jorge Portugal
Enviado por Téo Diniz em 02/06/2014
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