ROTINA

Teus olhos ferem os meus

Sentimentos se alimentando de fome

Memórias se fazendo por nada

Fragrâncias escorrendo pelo suor

Nos lençóis a luz da manhã

Que trás pra boca a fumaça

Que intima logo o absinto

Que faz bagunça comigo

Ao som dos anéis de amieiros

Que me dão calma, mas não proteção

Enquanto meus olhos ferem os meus

Ferimentos, esperas, desatenções

Não são nem sete da manhã

Quando me desconheço

E incorporo o abismo

Dentro e fora de mim

Perdendo o resto da vida

Na expectativa de mais um pão

Sem saber desacelerar

Site Franklin Mano
Enviado por Site Franklin Mano em 02/07/2014
Reeditado em 02/07/2014
Código do texto: T4866415
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