No sentido da chuva

"Andando a pé no sentido da chuva

Que molha o meu rosto e a palma da luva

Contrai os meus olhos,

E a imagem da noite / se turva.

Escorre os cabelos / com a água da chuva.

Embaçando as lentes, procuro um café

Que aqueça a carcaça até a planta do pé

Distrai meus ouvidos ao som das buzinas

Dos carros que passam virando na esquina

E a chuva molhando caminhos e idas

Regando as chegadas, regava as partidas

E as luzes na chuva me fazem lembrar

Do brilho dos olhos que vi em teu olhar

Distrai meus ouvidos ao som das buzinas

Dos carros que passam virando na esquina

E a chuva molhando caminhos e idas

Regando as chegadas/ regava as partidas.

Regando as chegadas / regava as partidas. "

Fiz esta canção em março de 2012, e tem um leve toque de sertanejo, o que é engraçado, pois não costumo ouvir o gênero , apesar de gostar das músicas do Almir Sater e do Renato Teixeira, que classifico como música raiz.

Imaginei uma cena urbana , com café e a chuva no trânsito, e falo de um personagem , pensando em alguém que se foi, e na necessidade de recomeçar, pois tudo deve passar como a chuva da noite.

Um dia de frio e luva, chuva torrencial, e a necessidade de caminhar no sentido dessa chuva, para clarear as idéias e fazê-lo voltar a realidade.

Quem já não se molhou assim um dia ? Todos , acredito.

Aragón Guerrero
Enviado por Aragón Guerrero em 14/09/2014
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