Desacautelado
Que meus olhos se abram para ver
O que ainda não percebi
O que se aproxima ligeiro, sorrateiro
Enquanto durmo o sono da minha insensatez
Me oprimo sem alento
Me lembrando do momento
Que deixei de suprimir tudo no amor
E saborear a vida no contraste da alegria e da dor
Se passou, foi por que era passageiro
Se ficar, que fique por inteiro
Não só na consciência que não posso perder a alma
Buscando o que acalma
Sem levar em conta a conta dos dias sem iguais
Que eu não tente limitar o tempo de pensar
Sobre o tempo que é atemporal
Não tentar quantificar a quantidade de valores
Que as quantias não podem comprar
Vá, mas deixe sua paz
Que me protege do meu próprio eu
Mas ainda agonizo à mal conseguir te esperar retornar
E agora, sem dormir, pra descansar contigo quando me levar