Tempos de Vidro
O mundo das telas
Sejam elas do celular ou do computador
(Antes fosse a velha tela
Do aparelho televisor...)
A onda, a moda
Um Universo em expansão retrógrada
Chegou aqui sem saber por que
Se foi, se fez um novo amanhecer.
[REFRÃO]
Corretores ortográficos
No lugar dos dicionários
E os decibéis roubam lugar
Do sussurro em meu ouvido
E do brilho em seu olhar
Da conversa entre amigos
Num rodízio ou na mesa de um bar.
A Trindade que eu seguia
Não fazia mais sentido
Engrenagens tomam forma
No lugar de um sorriso, de um olhar.
Mas a crença se tornou um vício
E a fé passou pra segundo plano
E o amor virou martírio
Ao coração que bate por engano e sem pensar.
[REFRÃO]
Corretores ortográficos
No lugar dos dicionários
E os decibéis roubam lugar
Do sussurro em meu ouvido
E do brilho em seu olhar
Da conversa entre amigos
Num rodízio ou na mesa de um bar.
Ó, meu bem
Vamos dançar.
Venha bailar em meio às chamas
Entre a Guerra Civil e a Guerra Santa
Ouvir o som do meu silêncio
E ver passar um ano por semana em meu olhar.
Venha ver o Sol se por
Pela janela do computador
Vamos ver o brilho do luar
Pela tela do seu celular.
E se o contraste não for mais o bastante
A gente corta o brilho, a gente vê de relance.
[REFRÃO]
Corretores ortográficos
No lugar dos dicionários
E os decibéis roubam lugar
Do sussurro em meu ouvido
E do brilho em seu olhar
Da conversa entre amigos
Num rodízio ou na mesa de um bar.