(Canção da estrada)

rompendo a aurora

rasgando a estrada

ao som do tropel

anima, v'umbora!

é homem, é bicho, é mato

'percata comendo poeira

o sol montado nas costas

judia, faz cama-de-gato

berrante troveja sentimentos

dando sentido a caminhada

vaqueiro resmunga em versos

aboio, canção da estrada

é pouso, é causo, é prosa

encontro de velhos amigos

bebe-se por boa causa

duas estrelas se acendem

brilhantes são os olhos dela

ai o amor desperta fagueiro

ao o romper da aurora

de novo rasgar a estrada

e ao som do tropel gritar:

anima povo, v'umbora!

quem ficou,

saudades sentiu

quem partiu,

saudades levou

José Carlos de Souza
Enviado por José Carlos de Souza em 19/11/2016
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