A borboleta e a agulha no vinil
Jogo de pingue-pongue,
quem fala sem pensar
dá nó no próprio
nome de si bemol
ou do ré mi fá; o lar
que é dos outros só
vou visitar se a canção
for ao rádio ou ao spotify.
Se a borboleta ainda há
na gaveta, alfinetada
na butterfly ficou demodê;
o que está lá é só uma gravata;
vitrola não se usava mais,
mas o vinil voltou junto
com o long-play,
tudo que sei não sei,
sambei, sambei, sambei,
e agora que escuto
de novo agulha na vitrola,
jogo pingue-pongue:
O futuro é o maior penetra,
é o fiel da balança da luta
do passado contra o presente,
melhor não esquecer,
quem cala consente!
Se o passado fosse
apenas cemitério,
o eterno presente
seria só mar bravo, e o
poeta bissexto, janota
em tempos idos, hoje
metrossexual sortudo
com o Viagra teve
de volta força e juventude,
é homem de atitude,
é homem de atitude!
Jogo de pingue-pongue,
quem fala sem pensar
dá nó no próprio
nome de si bemol
ou do ré mi fá; o lar
que é dos outros só
vou visitar se a canção
for ao rádio ou ao spotify.
Se a borboleta ainda há
na gaveta, alfinetada
na butterfly ficou demodê;
o que está lá é só uma gravata;
vitrola não se usava mais,
mas o vinil voltou junto
com o long-play,
tudo que sei não sei,
sambei, sambei, sambei,
e agora que escuto
de novo agulha na vitrola,
jogo pingue-pongue:
O futuro é o maior penetra,
é o fiel da balança da luta
do passado contra o presente,
melhor não esquecer,
quem cala consente!
Se o passado fosse
apenas cemitério,
o eterno presente
seria só mar bravo, e o
poeta bissexto, janota
em tempos idos, hoje
metrossexual sortudo
com o Viagra teve
de volta força e juventude,
é homem de atitude,
é homem de atitude!