BRASIL

Brasil

Observo o futuro sumindo

O passado recatado

Adquiro mais um preconceito

Alento minha estupidez

O gosto doce da insensatez

Se mistura com o gosto amargo

Da realidade

Se retorcendo pelos escombros da alma

O corpo nu vomita

Ardendo em febre

O extinto clama por suicídio

Mas a covardia grita e lembra

Que faz tempo que eu não consigo

Basta só algumas doses ou um comprido

Pra anestesiado eu e a multidão dormir

A democracia não conhece a calma

A igualdade já é mito

E vão te liderar

Por ideologias irracionais

Tirando sempre um pouco de tudo

De quem precisa um pouco mais

Muita dor já ultrapassou

Tantas trincheiras e fronteiras

É notícia comum

São sobre(vidas) que a sensibilidade já não sente mais

O poder já violou toda prudência e barreiras

E vai consumir

E vai converter

E vai fazer um pouco mais

São só campos de concentração

Pra quem não se concentra mais

A democracia não conhece a calma

A igualdade já é mito

E vão te liderar

Por ideologias irracionais

São apenas indivíduos sórdidos

Com faixas presidências

E vão nos consumir

E vão nos converter

E vão nos distrair um pouco mais

E vamos estocando vento e cocô

Sempre por causas ambientais