SOMBRA II
SOMBRA II
Voltei pra casa, por medo da chuva.
Nuvens negras esconderam luz do sol.
Fechou o tempo, onde vento faz curva.
Raios e trovões, estremeceram arrebol.
Que revolveu toda proposta de clamor.
A rachada mais forte, embrulha mente.
Sempre leva distintos, assobiando a dor.
Metamorfose de aldeia, só que diferente.
Sempre foi muito bom, o mais belo trato.
Um beijo doce, na maciez da tez, ardente.
Cheiro mais forte, perfume, néctar do ato.
Porém, todavia, contudo, nada é só amor.
Fato coerente pra um, revela, no outro, dor.
Encontro das almas cansadas, qual coisa tal.
Sombra, assustadora, coqueiro deste quintal.