Direitos Reservados

Pode pedir que eu faço

Das tripas o coração

Dou nó na tristeza um laço

Amarro a imaginação

Dou murro em ponta de faca

E aceito todos meus erros

Me planto feito uma estaca

E pego em ponta de aterro

Tapo o sol com a peneira

Carrego a brisa e vento

Pois quando engreno primeira

Seguro até pensamento

Deixo escapar do meu peito

Aquilo que você quer

Mas me reservo o direito

De cantar quando eu quiser

Me viro pelo avesso

E me desdobro em dois

Termino já no começo,

Começo logo depois

Faço brotar da pedra

O vinho , o leite e pão

E ainda deixo de quebra

Um riso pra solidão

Faço dobrar os sinos

E o galo cacarejar

Assanho o meu menino

Meia noite o sol raiar

Conjugo o mais-que-perfeito

Do verbo que você quer

Mas, me reservo o direito

De amar quando eu quiser

Poeta de Gravata
Enviado por Poeta de Gravata em 20/11/2007
Código do texto: T745315