(Cantos e Contos de Curiós e Flamencos) Episódio 22
É! O meu peito foi um convés
Ela bem que pisou, Fez do meu coração uma pista
Encalcou, Esmagou
Tinha autarquia, Toda concessão
Deslizou de tirolesa numa leveza, Desfilou numa barca tão bonita, Toda cheia de carrancas de madeira, Nada de pureza! Foi o holocausto da paixão!!
De Juazeiro a Petrolina, Foi ali que perdi Margarida!
Foi um baita entrevero, Eu era apenas um vaqueiro
Amargurado, Boca com gosto de chumbo, Mudo feito um criado
Pensamento agora, Parece uma corda de viola
Abundância de notas, Carregado de idéias
Acordes que é melhor que adormeças, Durmam! Que assim esqueço
Apesar de todo charme, Ainda que nenhuma chance
Com certeza essa valsa, Não criou asa, Balsa que transportou um câncer.