(Cantos e Contos de Curiós e Flamencos) Episódio 22

É! O meu peito foi um convés

Ela bem que pisou, Fez do meu coração uma pista

Encalcou, Esmagou

Tinha autarquia, Toda concessão

Deslizou de tirolesa numa leveza, Desfilou numa barca tão bonita, Toda cheia de carrancas de madeira, Nada de pureza! Foi o holocausto da paixão!!

De Juazeiro a Petrolina, Foi ali que perdi Margarida!

Foi um baita entrevero, Eu era apenas um vaqueiro

Amargurado, Boca com gosto de chumbo, Mudo feito um criado

Pensamento agora, Parece uma corda de viola

Abundância de notas, Carregado de idéias

Acordes que é melhor que adormeças, Durmam! Que assim esqueço

Apesar de todo charme, Ainda que nenhuma chance

Com certeza essa valsa, Não criou asa, Balsa que transportou um câncer.

Paulo Poba
Enviado por Paulo Poba em 27/02/2024
Reeditado em 27/02/2024
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