Encontro de Artistas

As idéias naquelas mesas não deixavam de rolar,

Só que todos ali sabiam que as podiam escutar,

Uma cerveja, mais um gole, manifestando o luar,

As horas ninguém quer saber, eu só saio quando fechar;

A comida é a de boteco em toda sua simplicidade

E o bom som sempre rola, é uma atração à parte,

Tem partideiro, tem batuque com guitarra e violão,

A mistura é consequência, vira pura diversão;

Rola um Rappa ou Jorge Ben, um Chico Science e Nação,

_ Que som é esse, meu "cumpadi"?

_ É Chico Buarque, meu irmão !

Quando o D2 tá na caixa, se é da área fica ligado,

Vê a brasa, tá na hora, de sair pra um bem bolado;

Tira o quinze, é castigado, cai o doze e mata par,

Se der branca não tem choro, sem palpite no bilhar,

_Aí mano, que surpresa, quanto tempo não te vejo !

_É a vida, só no corre, mas vez ou outra eu apareço.

Não tem velho, não tem novo, quem comanda é o respeito,

Todos têm suas histórias e quem contou bate no peito,

Uma coisa é natural, o dom de se saber ouvir,

Sem viagem, papo sério, quem quiser já pode vir;

Olha antes de sair, eu vou jogar só um conselho,

Que na hora de chegar, é muito bom olhar primeiro,

Pista dupla, vai e vem, o endereço não tem erro,

Você pode estar só passando, e mudar seu paradeiro.

Autor: Rodrigo Soares Borghetti

BORGHA
Enviado por BORGHA em 21/01/2008
Reeditado em 18/02/2009
Código do texto: T826789
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