Passeio Astral

selva quadrada acinzentada

galhos quebrados pela estrada

selvagens bichos racionais

da sua razão não quero mais

todo o vazio, humana mente

fumaça quente, tanta gente

fada, gênio, deus ou zeus

vontade imensa de me ir

ir embora em um navio

pelos mares a sorrir

o verde, o sol, o claro azul

o vento ao sul poder sentir

daqui de longe acenarei

para lembrar que já me fui

adeus pra quem ficar

escolha bem o seu lugar

lado de cá prefiro estar

abraçadinho vou ficar

sob as estrelas num colchão

segurando a sua mão

calafrio, bicho-gente

uma tensão agente sente

eu, você, você e eu

pelo universo a fluir

saturno, netuno, plutão

só o silencio pra ouvir

sem telefone pra ligar

nem celular que vai tocar

só com você eu vou estar

não quero nunca mais voltar

deixo o querer, o ter, não ter

feliz contigo eu posso ser