O meu diário 96,97 e 98

Rio Verde, Goiás, 26 de janeiro de 1996 - Sexta-feira

Às 07 horas levantei. A minha primeira refeição foi ovo com farinha e café com leite. Arrumei uma sacola com um cobertor, um lençol e outros pertences pessoais e rumei para o presídio no meu Chevette branco a dar início a um plantão como carcereiro a terminar às 8 horas do dia seguinte. Almocei bem, um marmitex, o mesmo dos presos, que continha arroz, feijão, mandioca, jiló e carne. Tirei os presos para o banho de Sol; funciona apenas um pavilhão com 06 celas, que suporta 04 presos em cada cela. Jantei mais ou menos, um marmitex que continha arroz, feijão e almôndegas. À noite houve uma blitz de duas equipes da Polícia Civil, com apenas um detido suspeito de usar maconha. Recebi mais 04 detentos da Polícia Militar. De manhã tirei um corrô (correcional) para a faxina, que por descuido da guarda militar, fugiu, um ex-presidiário, talvez condicional.

(Do meu livro O meu diário 96,97 e 98, memórias, em revisão)