...

O meu corpo frio, virado para cima. Para o céu.

Deitado de forma reta, com as mãos sobre a barriga.

Os pés juntos.

O cheiro das flores.

As velas que me rodeavam.

Não havia pessoas, não.

Tudo que jazia naquele espaço, era meu corpo gélido.

Mas por que não havia pessoas?

Nunca houveram pessoas. Essa era a resposta.

Mas por que as que se importavam não estavam comigo?

Era porque meu corpo ainda funcionava, meu coração ainda bombeava sangue e meu cérebro ainda bombardeava pensamentos para o fim da minha sanidade e o início do meu caos.

A ausência das pessoas, era pelo fato de eu estar viva.