Felicidade Inerente
 

   Gosto de observar como as pessoas expressam um sorriso. Mas, não, quando o fazem sem entusiasmo. A maneira como os lábios se abrem, e dali, saem as notas difusas, sem a mera concordância.
   Os sorrisos de verdade são disparados ao vento, retumbando pelos cantos escuros da alma. Sem pedir licença, resvala para dentro da retina, esmiuçando qualquer treva que se oponha.
   Deixa, gravado nos olhos, a felicidade inerente que permanece, mesmo depois de desbotar dos lábios.
   Gosto de sentir o frio, e a maneira como ele faz cada pessoa ficar um pouco mais sensível. Cada abraço tem um bônus especial, de ternura e carinho. O suspiro se esvai em fumaça.
   A estação traz aconchego e empatia, tudo que já se tornou ausente em grande parte de nós. Um colapso de sentimentos, uma explosão de sensações.
 
 
 

 
Johan Henryque e Cintia da Silva
Enviado por Johan Henryque em 16/04/2018
Reeditado em 16/04/2018
Código do texto: T6310649
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2018. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.