É... DÓI.

É... Talvez a vontade seja de dizer que nada valeu a pena, que a chegada até onde se conseguiu caminhar, tenha para nada servido. De repente, tal pensamento já até tenha se tornado para a mente vício nocivo, e que pensar de uma maneira diferente fica bem difícil.

É... A mente de fato nos prega mais peças do que imaginamos e ainda temos por hábito, deslizar no sutil e “delicioso” escorrego denominado culpa, onde geralmente o alvo principal é a vida. Pode ser a vida de alguém que nos atrapalhou, a daquela pessoa que não nos ajudou, ou a nossa mesma que estagnou, e logo vem a frase: “Essa eu não merecia”.

É... Que certos fatos e acontecimentos são injustos, sobre isso eu nem entro no mérito e tão pouco discuto. Mas, o que coloco em questão é que lembrar, rememorar decepções por muito tempo só traz à alma, o luto.

É... Ainda falta muito que aprender nesta vida, expor a cara, frente a frente com a lida. Crer menos no que não edifica e destrói... e corrói... e dói... Vamos comemorar com ceia e acreditar mais em nós, sem disputas e nem corridas por troféus de areia.

É... Precisamos tirar as amarras que prendem os sorrisos, suavizar os traços, ensaiar "bom dia", destrancar abraços e a começar pela alma, que bom seria. Seja a mudança, as novidades, e as boas novas, de dentro para fora, e assim possamos subir um a um os degraus da escadaria desta vida.

É... Utopia é que não é. Se parecer, só parece. A vida não é mar de rosas constante para ninguém, isto não acontece. O que ocorre é a vontade de querer mudanças, transformar o mundo dentro de nós. E não deixar por mais forte que seja, que a crise existencial engula o real e verdadeiro potencial que há, e existe sim!

É... Ninguém está imune a nada, tanto aos bons quanto aos maus afetos que produzem e produzimos nos outros e em nós mesmos. E desfalecidos dizemos: "É... Dói..”. E dói mesmo! E dói sim, dói no corpo, e dói na alma, e onde nem se imagina também dói, e muitas vezes nos sentimos tão sós.

Mas, a sua vida ainda é sua, a minha ainda a mim pertence e à Vida pertencemos. E até aqui pelo que aprendi e constatei, que o poder de decisão e das escolhas, ainda somos nós quem exercemos.