SER OU NÃO SER... EIS A VERDADEIRA QUESTÃO.

Está tudo certo. Mas também está tudo errado.

Me lembro que quando o Brasil foi escolhido para sediar a Olimpíada; também não tínhamos condição de sediar a copa, mas a fizemos mesmo assim. Na época a abertura da copa não causou tanta emoção quanto a da olimpíada. E mesmo assim, orgulhosos por sermos pentacampeão do mundo, cantamos o hino nacional à capela. Entretanto, trazendo as chagas da copa, respeitosamente isso não aconteceu. Talvez porque o solo de um brasileiro, timidamente acompanhado por um conjunto de cordas enquanto o símbolo da nação subia ao mastro, tocava o mesmo hino nas cordas de uma viola.

Ser contra ou a favor...

Se hipocrisia ou não...

Bom, isso agora não importa porque quando tivemos a oportunidade de dizer não a Copa ou a Olimpíada. Todos nós ficamos calados, orgulhosamente estupefatos pela escolha de sediar um evento tão importante em terra Tupiniquins. Agora, com a mesma emoção que curtimos a copa e levamos no peito a esperança do hexa; a melhor opção foi curtir todos os momentos da Olimpíada para apoiar e torcer pelo empenho de nossos bravos brasileiros que lá estiveram.

Surpreendemos o mundo, desbancando predecessores e valorizando uma população. E a pira olímpica que emocionou o mundo esbanjando beleza e criatividade se apagou, após ser acessa por um dos nossos medalhistas. Mas numa longa maratona. Tomara que a eterna chama para tirar o Brasil do buraco não tenha se apagado. Tomara que o orgulho e a emoção de ser brasileiro continuem. Tomara que possamos surpreender o mundo da mesma forma que surpreendemos na Olimpíada e na Copa.

Mas o problema é que nós, os Tupiniquins, definimos patriotismo somente quando o Brasil está com a bola nos pés porque para nós, na grande arena do futebol, o que importa é sermos campeão na Copa ou medalha de ouro na Olimpíada. E é impressionante como que em diferentes competições, o delírio do orgulhoso brasileiro se manifesta nas mais variadas formas.

Mas fora das competições. A única maneira de fazer esta grande nação subir no lugar mais alto do pódio como o melhor país do mundo. A questão é saber quem entre nós é brasileiro... ou não.

Somos medalha de ouro porque nos sentimos orgulhosos.

Porque somos criativos.

Porque somos exuberantes em nossa alto-estima e contagiamos o mundo com a nossa alegria e receptividade.

Mas para salvar a pátria amada em meio a toda a esta confusão de opiniões, contradições e conceitos. A opção está em cada um de nós porque:

O verdadeiro brasileiro é aquele que honra o lema “Ordem e Progresso”. É aquele que não foge à luta porque o furta cor do sangue; além do vermelho cintila as cores da sua bandeira.

Mas a questão é que nesta maratona estamos correndo na direção errada e; na marca do pênalti, estamos perdendo muitos gols para salvar a pátria porque há muita falação, muita reclamação é nenhuma ação.