Em tempos de Coronavirus, um reencontro através da arte.

Ainda estava crescendo quando ouvi pela primeira vez Renato Russo cantando o trecho de uma música que dizia “É preciso amar as pessoas como se não houvesse o amanhã”.

Durante muito tempo eu me perguntei porque tenho que acreditar que o amanhã não existe?

Mas, em tempos do CoronaVirus aprendi que devemos aproveitar cada pedacinho de tempo vivenciando o agora, porque o amanhã é a certeza da incerteza. Ele existe, mas não sabemos se vem para nós.

Em tempos de uma pandemia o horizonte se abre, os raios solares refletem até mesmo no orvalho da manhã que respinga sobre as folhas verdes que cheiram à esperança e secas que ensinam o que é o tempo.

Em tempos de uma doença mundial os nossos ouvidos se abrem e ficam sensíveis ao barulho das águas, ao bailar das plantas, ao canto dos pássaros, ao sorriso de uma criança, ao sussurrar do vento.

Em tempos de enfermidade nossos olhos se fecham e nós começamos a ter um olhar de cego, sendo capazes de ver além do horizonte, onde a beleza transcende de dentro para fora. Onde não preocupamos saber a cor, a etnia, o sexo, a forma, a idade, mas, experimetamos o amor, o carinho, a amizade.

São nesses tempos que nós percebemos que agora, neste momento, estamos vivendo um dos maiores males do universo. E o pior, não é o CORONAVIRUS, porque o maior mal se trata de algo que brota de dentro do ego humano e chamamos de falta de solidariedade.

É tempo de Isolar-se.

Isolar-se não é sinônimo de estar só. Isolar-se é ser solidário com o mundo e estar presente nas vidas humanas que anseiam sobreviver, porque desta forma faremos a imunidade se fortalecer.

Isolar-se com solidariedade é preparar o mundo para não contrair mais doenças. Um cumprimento cordial, uma palavra de amor é capaz de realizar o proposito de estarmos todos juntos sem perder a esperança.

Em tempos de desespero somos convocados e convocadas pelas divindades para espalhar o amor como se não houvesse o amanha.

Não estamos presos, somos pássaros em plena liberdade, mas temos que aprender que somos apenas um feto em constante desenvolvimento e por isso só temos uma asa e só conseguiremos voar se nos abraçarmos para que nas asas da esperança possamos gestar a mudança.

Filhos e filhas, amai-vos porque o amanhã estar próximo, distribua amor e não aumente o caos, ajudando as pessoas a serem luz e não interruptores que a apagam.

E acredite que tudo isso vai passar.