Mensagem à pessoa Pedófila que não sabe que a Pedofilia é uma perversão.

Para a pessoa pedófila que sabe e não dá conta

de manter seu impulso sob recalque

e nem se trata,

restam o asilamento e o cemitério.

A perversão, do ponto de vista psicológico, sempre diz respeito à sexualidade, mas nem sempre tem conotação de anormalidade. Aliás há momentos da infância em que se é verdadeiro e absolutamente pervertido: lembra de se lambuzar em coco ?

De maneira bem simples, perversão é a sexualidade que se manteve infantil, com todas as implicações que acarreta um modo de funcionamento infantil: narcisista, imediatista, não sujeito a regras que não seja o prazer e o procura a qualquer custo.

A pessoa perversa se sente obrigada a fazer algo que ela, racionalmente, sabe que é proibido, perigoso, amoral. Ela está submetida a uma pulsão infantil que desconhece as dimensões civilizadas da cultura.

A abordagem da perversão não tem como escapar à questão cultural: a ética, a moral, os costumes, na dimensão que protege a dignidade e qualidade da vida no contexto social.

A civilização é parcialmente tolerante e flexível com os caminhos que a humanidade percorre na satisfação de seus impulsos sexuais, particularmente quando as variações das suas formas de realização não ponham em risco os objetos da satisfação.

No caso da pedofilia, o objeto de prazer possível é uma criança, jovem, que ainda não dá conta de fazer frente aos apelos e assédios do adulto, com todos os seus poderes de sedução.

O abuso sexual infantil pode atingir trágica e definitivamente uma criança, que já está envolta em seus próprios apelos sexuais, e não precisa de mais este agravante, para torná-la um adulto infeliz.

O tratamento da perversão envolve o desbloqueio do ponto de fixação do desenvolvimento psicossexual e a retomada da sexualidade em moldes satisfatórios, e caso isso não seja possível, o reforçamento do recalque, a racionalização, para que a realização do impulso não ponha em risco a própria pessoa e as outras pessoas do convívio social, particularmente as crianças!

João dos Santos Leite

Psicólogo

Joao dos Santos Leite
Enviado por Joao dos Santos Leite em 12/12/2008
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