VAMOS FALAR DE MORTE?

VAMOS FALAR DE MORTE?

CRUZES! Você vai dizer; mas, todos nós sabemos que uma hora teremos de pensar no assunto

Essa frase parece até propaganda de plano funerário, mas não é.

Infelizmente, diáriamente somos bombardeados com notícias de mortes, sejam de conhecidos ou não, mas nos rádios, nas tvs, no bairro, nossa rua, nossos vizinhos e; infelizmente, em nossas famílias e em nosso lar.

Mas como lhe dar com isso? Eis ai a questão.

Morte=contrário da vida; final de uma existência, fim.

Mas vc sabia que a morte não é só isso?

Pois é, infelizmente não é assim tão fácil morrer, e por isso eu quero explicar algo que eu aprendi sobre a morte. Vamos lá então:

Primeiro, precisamos saber que existem mais de um tipo de morte e de acordo com a religião de cada um, isso pode se alongar demais e por isso não iremos por esse caminho; mas, entraremos no cunho físicossocial, que nos é bem mais interessante; no entanto, não poderei deixar de citar a Bíblia, ao meu ver o maior verossímel da humanidade e que abrange todos os legados.

Perante a Bíblia, a morte passou a ser um estado alcançado após o pecado de Adão e Eva e toda a humanidade "herdou" esse direito e obrigação. Apartir do pecado original(pecado=errar o alvo), toda a vivência terrena passou a obedecer a um "ciclo vitae", onde nascemos, crescemos(ou não), reproduzimos(ou não), amadurecemos(ou não), envelhecemos(...), adoecemos(...) e por fim... Entretanto, nesse caminhar, muitas vezes nós nos esbarramos em degrais que nos surpreendem pela altura ou dificuldade, e então nós cometemos verdadeiros suicídios mentais, sociais, espirituais e até físicos. Então nós descobriremos que existem mortes físicas quando deixamos de respirar e funcionar como máquina humana; morte mental, quando permitimos que os percalsos da vida nos provoquem verdadeiras catatonias onde empacamos e não nos permitimos avançar na arte de viver; morte social, quando devido à perdas diversas nos trancamos no nosso mundinho e egoísticamente não nos correlacionamos mais com as pessoas ao nosso redor; morte moral, quando não refreamos as nossas vontades, fraquezas e vícios, e nos vemos dominados pelas nossas bestialidades; e, entre outras, morte espiritual, quando perdemos em nosso ser toda a capacidade de crer que há um Deus, independente de crenças ou religiões, que é suficiente pra nos redimir de nossas dores, de nossas angústias e saudades, de repor as nossas perdas e sarar as feridas causadas por elas; quando por motivo de supremo egoísmo introspectivo, não conseguimos mais permitir o Senhor da Vida em nosso viver.

Essas, são as mortes que matam e nos impedem de após a morte, viver.

(Por Horácio F. Costa.15/03/09.)