Real Pensamento

Já não me lembro direito da minha vida antes.

Será que existe outra realidade além desta?

Engraçado, ontém escrevi a palavra realidade, como se tudo isso que a gente faz todos os dias fosse realmente real.

Totalmente enlouquecida dentro de um sonho, misturo tudo mas consigo me descobrir feliz no mais profundo da alma.

O prazer de fazer...

Os rios não querem chegar, eles querem ficar cada vez mais largos e mais profundos. Não importa o resultado, mas o percorrido.

Ir fundo, nenhum resultado será tão intenso quanto o extraordinário da aventura. Aprender a viver é o viver mesmo!

O prazer do trajeto. O difícil, o obstáculo, perder o medo, fazer o que parecia impossível.

Sento na calçada e vejo a maior quantidade de estrelas que se pode ver. Os desenhos exatos, a geometria, a mecanica celeste. Deslumbramento. Um céu desses deixa a gente pequena e mortal, o cosmo é mágico.

Debaixo desse sonho preparo uma bebida: 'gengibre com vodka'; invensão para as noites sozinha, nem acredito, nem me lembrava mais que tudo isso existia.

A noite um sonho erotico, banhos quentes, perfumes, coisas inebriantes. Não sei quem vou ser quando voltar.

As pessoas me acham uma mistura de muitas coisas. Não sei, preferiria ser alguém com um destino menos trágico. Descobrir a minha cara real.

Depois de um certo tempo na vida a gente escolhe a cara que quer ter, agora, fnalmente, eu acho que posso!

O comportamento no fundo, não é feminino nem masculino. É antes uma síntese.

Desfazer-se desse longo aprendizado, jogar fora gestos impostos, jeitos depositados, ser apenas 'neutralidade'. Conseguir ser uma pessoa neutra.

A dura beleza de um gesto inteiro. Quando não há mais nada a suprimir, quando o que permanece é apenas o necessário. Arrancar o supérfulo, o ornamento comportamental, o barroco da vida, esse exsesso, elo de submissão, estética servil, arrebentar esse cacoete secular. Uma pessoa inteira. A síntese. O Centro. Uma força da natureza. Lama, estrada, caminhos abertos, não há volta...de fato a estrada, a única que havia sumiu, desfez-se.

Nada de pânico!

Cada um de nós terá uma história para contar. Perdidos perto do céu, a gente descobre alguma coisa, tudo é absolutamente simples.

Uma declaração de amor, deixo tudo me invadir, os sonhos sinistros...tudo é muito demais todas as vezes, uma mistura de tudo que houve e há, olho cada coisa como se fosse a primeira vez. Uma roda de acontecimentos nos atropela, interrompe, tira do centro. Em busca do quê? Uma fulgaz idéia de sucesso? Uma tolice coletiva?

Ah! O exercício de ser uma pessoa, rasgo o espírito que conheço desde criança, impulsos, me oriento dentro de uma grande desordem e meu espírito me rege pelos caminhos mais inesperados.

Sei também que é difícil explicar...

Difícil de entender...

Alguma fantasia, algum desejo de ser...

Viviangia
Enviado por Viviangia em 01/05/2009
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