A D O R

Sensação que não é aceita, normalmente, pelos que a sentem. Seja ela, física ou moral. Difícil acostumar-se . Primeiro, porque incomoda-nos a qualquer momento, isto porque, ninguém a quer. E, isso, aumenta o sofrimento; umas aparecem por “sua” conta, limitando-nos, excluindo-nos da nossa rotina, colocando-nos sempre na preocupação do seu retorno. Porém, outras dores, nós somos cooparticipantes da sua existência no nosso corpo, no nosso organismo. Isto, porque, facilitamos com os nossos maus hábitos, assumidos durante a nossa existência e, infelizmente, são muitos os que nos tornam atingíveis e passíveis dos sofrimentos que elas nos causam. Seja no físico ou seja no moral, no desenrolar dos nossos dias, vamos nos distraindo de tomarmos os devidos cuidados na alimentação; nas bebidas, no tempo do nosso sono; dos exercícios que não praticamos e que nos tornariam menos suscetíveis aos males do coração, dos pulmões, dos rins.

Além de fumar, via de regra nestes tempos atuais, desde os 15 anos- ( noutros tempos atrás, exigido pelos pais, só após 20 anos e, os jovens os respeitavam). Por isso estamos, atualmente, num patamar mais alto da espectativa de vida do brasileiro; hoje os idosos que foram criados em outros esquemas, estão aí, com seus 60, 70, 80 e até mais, de idade... E os jovens de hoje, quanto tempo viverão se não tomam o devido cuidado? Enfim, vivemos buscando o que nos prejudique a saúde física e saúde moral, vivendo, completamente o oposto do que seria sadio em ambos os campos. Mas, o sofrimento nos torna mais humanos, divinizando-nos.

A dor une os homens; intensifica amizades e dilui o sofrimento; destroi todas as nossas hipocrisias; arranca todas as máscaras e boicota todos os embustes. O sofrimento é responsável pelos Santos, pelos Gênios, pelas grandes vidas. Pela vida de Sto. Agostinho; Thomas Edson; Sto. Inácio de Loiola; Franklin D.Rooselt; Thomas Jefferson; Madame Curie; Choppin; Schubert; Helen Keller; José do Egito; todos fazem parte de uma das galerias do “Museu do Sofrimento” e, todos deixaram vivas as suas presenças no mundo, como verdadeiros imortais, em tudo que construíram, com a sua vida.

No Livro do Êxodo está escrito que Moisés subiu ao cume do Monte para falar com Deus. . . E, uma nuvem muito espessa havia lá em cima. Foi nessa espessura imensa que Deus apareceu-lhe e, orientou-lhe como lidar com o povo que conduzia.Quando Moisés desceu, os que estavam lá embaixo se assustaram com a Luz de Deus que ele trazia em seu rosto. Sendo obrigado a cobri-lo com um pano, porque ofuscava os olhos dos que os olhavam. Com o sofrimento acontece o mesmo, cada um de nós, envolvido em espessa nuvem, mergulhado na ausência da luz , se aproxima de Deus .

Às vezes, estamos vivendo uma vida superficial, desvalorizada, sem levar muito a sério o que ela representa para nós e para todos os que nos cercam. Pois bem, o sofrimento é como um relho de couro, com o qual Deus chama os filhos a Si, fazendo-os "subir o monte", sentir a Sua luz e iluminar-se e certificar-se da Sua realidade. A maioria das pessoas sofre porque permite, com o seu tipo de vida, que os males invadam-lhe o seu corpo físico, a sua alma, o seu espirito, pouco se incomodando com os resultados que vão aparecendo no decorrer do tempo, adiantando o seu fim... e a sua partida deste mundo maravilhoso que Deus nos deu.

NOTA - Eva Lavariere - Grande artista do Teatro Francês, estava muito doente .Depois de convertida ao catolicismo e estando ainda doente, começou assim uma carta dirigida ao seu vigário que sempre a ouvia : - “- Estou e continuarei enferma. Será preciso um milagre para me curar, MAS NÃO O PEÇO , porque conheço o Valor do Sofrimento e o Aceito. “

Bene-Ctba. – ( b. g. j ) - DEUS É BOM!!! DEUS É FIEL!!! - 14/09/09