Na penumbra, o pesadelo...

              
 "A voz do silêncio, alimenta a sabedoria..."



No alto do céu, a lua, as constelações...
Um eterno viajar, transcender o existir...
O perfume envolve um corpo na penumbra...
Ornada entre rosas, papoulas, cravos, violetas,        
inquieta e carente, Somente a luz da lua

Aquece seu interior saudoso de amor...
 
            Ah! Saudade latente e esmagadora...
            O cheiro do amor ainda habita seu interior,
            Imagens flutuam perdidas na emoção...
            As lágrimas brotam lavando a dor...
            Mas a penumbra insinua lembranças...
            Lembranças das noites infindas de amor... 
 
O pesadelo expulsa seu sossego,
O banho gelado, o vinho, nada...
O corpo sedento do toque, carícias...
O suor frio, mãos trêmulas, o vazio...
É como se estivesse morrendo...
Sente seu espírito partir rumo ao nada...
 
          A madrugada chega dando descanso á noite...
          O dia se anuncia... O sono não vem, o extremo...
          A viagem em toques sutis em seu sexo carente...
          Ora acelerado imponente... Mas, falta-lhe amor...
          O toque não á trás o prazer, agoniza em lágrimas...
          Na penumbra, o pesadelo...
 
Até quando irá suportar?
Quantas buscas infrutíferas, ninguém...
Não há substituto, e enjôo a enlouquece...
Como queria amar novamente!
O fantasma habita sua existência... Seu viver...
Assim, na penumbra, habita o seu pesadelo...


                                        Carlos Sant’Anna

                                    






                                                                   



 
                                               
Bruxo das Letras
Enviado por Bruxo das Letras em 05/01/2010
Reeditado em 05/01/2010
Código do texto: T2012363
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