EU SOU EU... E NÃO O QUE ESCREVO
Quando escrevo,
Nem sempre estou a falar de mim,
As palavras vêm ao pensamento,
E a poesia se faz surgir.
Se cada poesia que escrevo,
Contasse um pouco de minha trajetória,
Seria eu uma mulher de várias faces,
E de mil amores.
Imagina se um escritor,
A cada edição,
Estivesse falando de si,
Sua privacidade... teria um fim.
Não pretendo fazer uma autobiografia.
Minhas poesias falam de amor,
Nada mais sublime é,
Falo apenas de sentimento,
E dou vida a uma mulher.
Usa-se o pronome pessoal eu,
Porque vós não podeis ser,
O eles, nós, fica por conta,
De quem se identifica com minhas prosas.
Tenho imaginação fértil,
Dou asas aos meus pensamentos,
Não existe regra no que escrevo,
Torno-me um personagem a cada momento.
Talvez eu use de exemplo,
O que vivi, presenciei, assisti,
Tudo é mágico, sem explicação,
Falo apenas... De emoção.
Não escrevo poesias,
Pensando em não me comprometer,
O poeta já é comprometido,
Com seus sentimentos ao escrever.
Só não quero vincular,
A minha vida, com que escrevo,
Eu sou eu... Nada haver.
Com os meus versos.