RELÓGIO INÚTIL
 
No teu relógio quebrado
Jamais sabes a hora certa
Tu vives sempre atrasado,
Fique atento, fique alerta!
 
Não vês que o tempo passa
Podes olhar da janela
Teu relógio é uma desgraça
Prende-te como numa cela.
 
Se atrasa não adianta
Por que conservá-lo então
Perdes a hora da janta
E até meu coração.
 
Por causa dos teus atrasos
O seu trabalho está mal
Todos acham que é descaso
A demissão é fatal.

Jogue esse relógio fora
Vá adiante, se decida,
Talvez esta seja hora
De mudar a tua vida.





A presença do amigo poeta Miguel Jacó muito alegrou-me.

Maldito este relógio,
Minha vida deturpou,
Agora perece lógico,
A causa do meu pavor.
 
Miguel Jacó



O amigo Jacó Filho deixou-me seus bonitos versos. Obrigada, poeta.

Por isso as horas não passam,
Quando me fixo aos ponteiros
São as propagandas, letreiros,
Que os candidatos me atacam.
 
Haverei de acelerar o tempo,
Jogando o meu relógio fora
Pois creio é chegada a hora,
De reprovar quem está dentro.
 
Governaram sem ver o prazo,
E só agora, conhecem tudo
Por oito anos foram mudos,
Os cucos cruzaram os braços.
 
Parabéns! E que Deus nos abençoe e nos ilumine... Sempre...
 
Jacó Filho



Relógio que atrasa, nunca adiantou.
Por isso, não uso ponteiros.
Por isso, sou tão certeiro.
 
Riva
 

 
Passam dias, anos e vida
e lá na sala o relógio,
vencendo o tempo implacável,
marca lento as horas, minutos segundos,
em seu tic-tac incessante,
baixinho... baixinho...
para que ninguém se espante
com a vida que se esvai.
 
Celina Figueiredo

Hull de La Fuente
Enviado por Hull de La Fuente em 21/09/2010
Reeditado em 23/09/2010
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