ERRAMOS AO DIZER QUE NÃO SE ERRA

     A nossa petulância, a nossa vaidade e a nossa soberba, se manifestam ao afirmarmos: Não, eu nunca errei, a culpa não é minha,se não deu certo e, é nesse exato momento que cometemos o maior de todos os pecados : Julgamo-nos seres perfeitos e infalíveis.                       
     Essa nossa condição de prepotência e empáfia apenas demonstra, com todas as letras, o quão fútil fomos e as vezes somos em nossa existência , pois nada fizemos e consequêntemente, não erramos... 
    Errar é humano, tanto material como espiritualmente, e ao partirmos do pressuposto que nossa escolha espiritual foi definida antes de encarnarmos, numa concordância de livre-arbítrio, poderíamos até alegar que não erramos ao escolher o meio em que iríamos conviver e usufruir ; porque não decidimos sozinhos.
   Ao começarmos a engatinhar os primeiros passos caímos ao tropeçar nas próprias pernas, bater nos objetos do caminho, ou tentar sair do berço sem ajuda. Erramos tantas e tantas vezes sem nos dar conta disso. Principalmente quando escolhemos novos caminhos ,alguns amigos, namoradas, esposas, ou predileções por determinados filhos e por isso convivemos com um sem número de decepções.
 Qual a coerência, ou convicção então, para podermos afirmar que: não fomos nós que erramos, o mundo é que está torto e por essa vaidade descabida nos julgarmos : “Os soldados do passo certo, num batalhão de passos errados.”
 Talvez, apenas talvez, nessa particularidade do homo sapiens, esteja a origem da nossa presunção maior : Ser feito a semelhança de Deus, ao ponto de, em alguns, há petulância de ser o Próprio com forma humana. O que não era o caso, do melhor homem que aqui pisou: Jesus.Aceitar nossas falhas, não apenas como erros, mas como lições e um aprendizado constante, seria o inicio da nossa redenção, da nossa real condição humana e principalmente do nosso polimento, quanto aos mais nefastos de todos os sentimentos :
 A vaidade e a prepotência.

   Afinal, somos apenas uma ínfima parte do meio, e não ao contrário como “erradamente” alguns pensam e agem. Por isso e por muitas outras razões de convivência onde haja paz e harmonia, jamais deveremos nos esquecer que: Só erra quem acredita ser possível acertar e, em conseqüência, ao desprezar a omissão, o faz com “Humildade”. Que é,sem dúvidas:               
“A melhor e maior das nossas virtudes.”

Gildo G Oliveira
Enviado por Gildo G Oliveira em 27/03/2011
Reeditado em 27/03/2011
Código do texto: T2873105
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