Das travessias....
 
Na religião judaica o Pessach é a festa que celebra a saída dos judeus do Egito, da escravidão para a liberdade.
 
Em 2009 publiquei uma mensagem na qual o Rabino Marcelo Rittner fazia uma comparação entre dois acontecimentos semelhantes, porém distanciados por 49 anos.
 
 “14 de novembro de 1960:
Ruby Bridges, uma menina de seis anos de idade, foi levada à escola em Nova Orleans, EUA, por uma escolta de policiais federais.
A menininha foi pesadamente insultada e ameaçada de morte por uma multidão enfurecida. Assistiu às aulas sozinha: as demais crianças foram mantidas em casa pelos pais.
Ruby Bridges era negra - esse era seu crime.”

 
“5 de janeiro de 2009:
Uma menina negra de sete anos de idade, Sasha, foi levada à escola por sua mãe, Michele. Agentes do Serviço Secreto a escoltaram, mas apenas por um motivo: seu pai, Barack Obama, era o novo presidente dos Estados Unidos.”
 
O Pessach é a festa que comemora a travessia da saga de Ruby Bridges para a saga de Sacha Obama.
 
O Pessach será, um dia, a festa de toda a humanidade. (Baseado numa mensagem do Rabino Marcelo Rittner)
 
51 anos após o episódio vivenciado por Ruby Bridges, ainda nos deparamos com discriminações raciais, intolerâncias religiosas, preconceito contra as diversidades, crimes bárbaros, injustiças sociais, nos lembrando a cada momento que os homens parecem estar retrocedendo no seu caminhar.
 
No Cristianismo, a Páscoa, palavra originada de Pessach no hebraico, celebra a Ressurreição de Cristo após sua morte.
 
Independente da religião professada ou do nome que se dê, que esta data seja um momento de reflexão e de avaliação das situações de “morte” que precisamos transpor para situações de vida, conscientes de que fazemos parte de um todo e esse todo está no interior de cada um de nós.
 
PAZcoa é vida!
 
E a construção de uma nova vida se faz na busca de um mundo próspero, pleno, poético e plural.