SER OU NÃO SER FELIZ

Não se atormente meu amigo, eu não sou uma pessoa infeliz. Às vezes minhas palavras num texto, numa poesia podem soar... como se a vida vivida fosse somente de infelicidades, mas não é assim... tive e tenho momentos que o coração não cabe no peito de tanta alegria, principalmente quando vejo o que construí e como foi forte o alicerce que eu fiz. Pedra por pedra, e olhe que foram muitas pelos caminhos... foram cimentadas com amor. Ele foi o principal componente da minha construção.

O amor que eu aprendi com ELE... com quem nos ensinou a caminhar com amor.

Alguns amores foram, alguns amores chegaram trazendo mais felicidades, e engrandecendo a família com entes que também aprenderam a se dar, e viver com amor.

Existem em todas as famílias algumas divergências, mas é normal, somos seres humanos, fadados aos erros e acertos.

Não fomos feitos robôs e colocados no mundo para repetir o que outros já viveram.

A reciclagem para adaptação que eles nos obrigam a fazer é salutar. Elas nos fazem acompanhar a vida, a tecnologia, a entender o passado, os acertos e os erros de nossos entes queridos que já foram.

Fazem-nos retirar os princípios da moralidade, costumes estes, um tanto esquecido por muitos, que hoje passamos de um modo diferente, mas com a mesma base, para os nossos descendentes queridos.

Nos momentos de tristezas vemos e damos valor para aquilo que nos traz alegria, para aquilo que nos dá um sorriso na alma.

Portanto... a tristeza é um bom sentimento.

Às vezes nos fechamos em nós mesmos e aquele quarto escuro e escondido no coração que não queremos acender a luz e muito menos limpar, sai do terrível confinamento e dai conseguimos colocar tudo para fora. Expelindo o que nos afeta ainda, entendemos e retiramos o que estava criando mofo, e não servindo para nada.

Vemos que o espaço ficou claro, limpo, brilhante para receber outros guardados se quisermos colocar algo novamente.

O ideal é não deixa-lo lá por muito tempo... expor tudo e resolver, não criando espaços fechados que atrapalham o caminhar retirando do seu olhar a alegria.

O principal é entender que tudo tem dois lados... e o que é bom para você, pode não ser para o outro.

Se você fechar um olho irá ver diferente do que os dois juntos.

Imagine o olhar de outra pessoa, é outro ângulo numa outra pessoa... a mesma situação pode ser totalmente diferente.

A amplitude do seu olhar o faz entender que todos têm o seu mundo, o seu espaço. Cuidar do seu é uma tarefa bonita e responsável, que muitos esquecem e transformam a sua vida e a dos outros, em martírios diários. Fazendo a sua parte já é difícil, quanto mais não fazendo.

Eu vivo, eu amo, eu entendo, do meu jeito com paciência, com moderação, analisando e observando as atitudes.

Deveria ter feito mais... menos... dividir... multiplicar? ... Não sei se fiz certo.

Fico triste quando relembro fatos que na época eu não entendia, ou não queria entender... e que hoje de uma outra forma eu enfrentaria a situação, porém é por isso que sabemos que quanto mais vivemos mais aprendemos.

É como o vinho... se o ano foi bom, e conforme o tempo que ficou guardado, ele fica cada vez melhor.

Os anos levam a beleza fresca embora, porém surge a beleza do ser, do “eu”.

A beleza interior que já aprendeu, já viveu, já cresceu, e agora sabe como ninguém a entender, ter paciência, ver felicidade na tristeza, ver conteúdo em ações que até então pareciam vazias.

É... a natureza é sabia, ela marca seu rosto com os sulcos dos anos, e retira as rugas do seu coração, deixando-o livre de todas as coisas que nos farão feios por toda a eternidade.

Ser alegre ou triste está em você. Viva e reconheça toda ela... e dai mesmo na tristeza, terá felicidade.

Um beijo da amiga

Ruthy Neves

Ruthy Neves
Enviado por Ruthy Neves em 27/04/2011
Código do texto: T2933289
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