CONCLAMAÇÃO AOS PARAUARAS


     Caros(as) conterrâneos(as) parauaras, de nascença, de coração ou por adoção
   
      Amanhã, 11 de dezembro, ficará marcado na História e na história deste bravo povo em que ainda não se esvaiu de todo o sangue cabano que o distinguiu na famosa revolução pela libertação.
      Cremos, sinceramente, que o plebiscito de amanhã marcará efeméride tão importante ou equivalente ao 15 de agosto da adesão do Pará à Independência, eis que marcará a imposição do povo deste aguerrido Estado à manutenção de suas terras, de suas gentes, de suas riquezas, aqui incluídas as riquezas humanas.
      Maus brasileiros e infiéis arrivistas que aqui chegaram, muitos provindos de terras em que não conseguiram se fazer ou foram de lá alijados, traindo a confiança e a proverbial hospitalidade dos parauaras tentaram, solertemente, subtrair-nos nada menos que 83% da área geográfica de nosso solo setentrião, que se iniciou ainda no século XVII como uma atalaia do Norte e graças à persistência, à garra, à determinação de sua gente, o brio e o orgulho pátrio de seu povo que o soube manter e defender, contra tudo e contra todos, permaneceu íntegro.
      O perspicaz e personalíssimo presidente JK dizia, sabiamente, que “É mais fácil mexer com a mulher dos outros que com a terra dos outros”. Amanhã vamos uma vez mais defender o que é nosso e nos é caro. Estava JK, que muito tem a ver conosco, cumulado de razões; e isso vamos novamente ter oportunidade de demonstrar amanhã, votando rotundamente Não e Não no plebiscito, que esses forasteiros ardilosamente, e à socapa, engendraram para nos surrupiar o solo tão querido de nossa Parauaralândia. Dar-lhes-emos a devida resposta.
      A ministra Miriam Belchior, do Planejamento, durante audiência pública (8/12/11) na Comissão de Infraestrutura do Senado para discutir o andamento das obras do PAC manifestou-se oficialmente a favor do Não e proferiu, sem talvez disso se aperceber, uma frase que, examinada em sua essência, marca bem e à inteireza a gente parauara: “O Pará tem uma identidade muito forte”. É isso mesmo. Somos, desde a origem, uma gente una, aguerrida para as adversidades, mas amigável em sua composição e e convivência, até pela constituição predominantemente lusíndia.
      Amanhã, portanto, nosso compromisso maior é com o Pará. Acima de qualquer compromisso menor temos que ir, firmes, decididos e fortes às urnas consagrar o Não à divisão, a incolumidade desse colosso tão belo e tão forte, de nossas terras de ricas florestas e rios gigantes fecundadas ao sol do Equador.








Sérgio Pandolfo
Enviado por Sérgio Pandolfo em 10/12/2011
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