FORMAS DE UNIÃO MATRIMONIAL

A insegurança tem sido uma das principais causas de insucesso, ou intenso sofrimento no casamento.

Sua causa principal e que predomina por gerações é a incapacidade de amar de forma tranquila, entre os casais e isto se deve ao fato da supervalorização de filhos homens fazendo-os crer que são os donos da situação e incentivando-os para uma demonstração precoce de sua masculinidade, do ponto de vista sexual.

Muito pouco se exige do aprendizado do amor verdadeiro, onde o sexo é a comprovação deste amor, depois da conquista verdadeira do coração feminino. Aqui não me refiro à prática de frases de efeito, onde escondem uma realidade comum: o medo masculino de um insucesso sexual seja por temer a impotência, a ejaculação precoce, ou a sua própria insegurança por uma personalidade imatura.

As meninas, até pouco tempo atrás, era confinadas ao ambiente doméstico, onde se preparavam para ter filhos, incluindo o esposo.

Hoje, mais afoitas e percebendo as fraquezas que tal situação propicia, elas se atiram a uma vida de conquistas, onde a sedução é um ponto atrativo. Não raro envolvendo a aceitação sexual, como obtenção do prazer, ou simplesmente para conseguir um namorado, sem prazer sexual que é dissimulado, ou obtido através da auto-satisfação, pois muito frequentemente, o parceiro é mais rápido em atingir seu climax.

Formado o casal, que pode ser via casamento formal, ou por acordos de união judicial, sem prazo definido. Aliás, temos percebido que este segundo processo está adquirindo muita aceitação, onde já se fala em crescimento percentual, enquanto regridem os casamentos.

A explicação para este fato tem duas principais explicações. Existe aqui a submissão, para não se esvaziar a união, ou mais importante, a revisão constante de cada um, olhando para dentro de si e encontrando melhorias do verbo amar.

Em ambas as uniões, a busca de filho(s) pode servir a principalmente dois objetivos: a afirmação de sua capacidade procriativa, ou criar vínculos para que a união não se desfaça.

Se a prole é amada com respeito pelos dois, obtém-se uma união produtiva, invejada por muitos que não a conseguem; muitas vezes, entretanto, a prole é disputada graças a obtenção de favores matérias, ou mesmo afetiva, para se manter o domínio do conjugue, por pressões da mãe e filhos.

Objetivamente o desejo da procriação deve conseguir que os filhos aumentem a capacidade de externar o amor dos pais e formar suas personalidades, sem ganhos extras, que a auto-satisfação de saber amar.

Muitas famílias, com proles de dois ou mais filhos, experimentam esta dominação dividida, onde os pais, individualmente, tem seus adeptos, que digladiam e o resultado é a propagação de futuros infelizes.

Esta tem sido a principal causa do surgimento dos dependentes químicos, que fogem à realidade, por insegurança muitas vezes inconsciente.

Existem casos relatados onde foi possível perceber esta aberração em 4 a 6 gerações.

Todos os comunicadores deveriam auxiliar na solução deste problema, abordando-o em palestras, sermões, ou abordagens pela mídia.

Infelizmente prefere-se ocultar a verdade, para não precisarem olhar para dentro de si, ou buscar vantagens emocionais ou financeiras.

A crença da criação de demônios que servem a Deus, para provarem se de fato O amam, é para mim a maior crueldade disseminada, pois creio que chegada a hora, cada qual se enfrentará numa auto-avaliação e felizes aqueles que puderem perceber seus erros e acertos, com ganho nos acertos e nas buscas.

A propósito, gosto sempre de abordar este parecer, nós nascemos e crescemos sabendo errar, para acertarmos. E aqui não existe nenhum mal, desde que a auto-análise configure o processo como de um final comemorável.

A vida, concluo, é muito fácil de ser vivida, oferece bônus a quem se conhece, se avalia como disposto à busca do prazer de amar, verbo que a meu ver é um sinônimo de Deus e que sem este verbo, somos pálidos sobreviventes autopunitivos.

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