Valorização do profissional da educação

O ilustre Paulo Freire, ciente das necessidades da vida humana observa que “se a educação sozinha não pode transformar a sociedade, tampouco sem ela a sociedade muda”. Essa frase deixa claro que a sociedade brasileira precisa saber que nós, educadores, trabalhamos em prol dela e não contra ela. Se a sociedade não valoriza o nosso trabalho, então porque trabalhar? Para quê escolas?

Dizer que a greve é ilegal é fácil; colocar a população contra os professores é fácil para o governador Wagner, como foi fácil para ele colocar a população contra os policiais quando estes estiveram em greve. Porém, a sociedade deveria estar atenta ao descaso que se perpetuam contra as instituições educacionais (as escolas de Entre Rios é uma prova disso – há quantos anos não se faz uma reforma nelas?); é preciso que a sociedade observe a arbitrariedade com que o governo age contra os profissionais da educação (e outros funcionários públicos: policiais, médicos, enfermeiros, entre outros), usando como arma a tirania para inibir tantos colegas.

O que a sociedade quer realmente para sua vida? Quer ter uma vida digna, situação financeira boa, mas despreza a educação; quer desenvolvimento cultural, progresso, inserção no mercado de trabalho, mas despreza a educação; quer autoridade, autonomia, liberdade de expressão, mas despreza a educação; quer respeito e cidadania, mas despreza educação; quer profissionais competentes no mercado, mas despreza a educação. Desprezar a educação é desprezar a própria vida, pois é através dela que a vida (pessoal, social e financeira) se faz.

Alunos, pais, colegas professores, sociedade de um modo geral, unamos forças para que a greve seja lícita, forte e , ao contrário do que querem que pareça, seja positiva para todos nós. Positiva porque se vencermos a batalha, todos vencerão, já que e educação é interesse de todos, não apenas dos profissionais que a torna visível.

Eu, professora ARLÂNIA MENEZES, peço o apoio de todos da cidade Entre Rios para essa greve que se volta para a dignidade do profissional da educação. A luta continua!