ARMSTRONG E A PEQUENEZ HUMANA

O ex-astronauta norte-americano Neil Armstrong, o primeiro homem a pisar na lua, morreu aos 82 anos neste sábado, dia 25 de agosto, em Ohio, nos Estados Unidos. Armstrong tinha sido submetido a uma cirurgia no coração no último dia 5 para desobstruir artérias. Segundo a própria família do ex-astronauta, Armstrong morreu após complicações decorrentes da cirurgia.

Armstrong tinha 39 anos quando comandou a tripulação da nave Apollo 11. Ao lado do também astronauta Edwin Buzz Aldrin, ele caminhou na Lua por quase três horas, no dia 20 de julho de 1969, vinte minutos após a nave aterrissar no satélite natural da Terra. Quando o astronauta americano estava prestes a pisar em solo lunar, disse a célebre frase: "Este é um pequeno passo para o homem, um salto gigantesco para a humanidade". Mas, é uma outra frase de Armstrong que me chama a atenção:

"De repente eu notei que aquela pequena e bela ervilha azul era a Terra. Eu levantei meu dedão e fechei um olho, e meu dedão cobriu totalmente a Terra. Eu não me senti um gigante. Senti-me muito, muito pequeno.

Mesmo alçado a uma posição de heroi, e em meio a tanta fama alcançada, Armstrong não deixou de perceber a sua pequenez diante de um Universo grandioso. Talvez sua percepção não se restringisse apenas ao aspecto físico. O homem é ínfimo diante do mistério da vida. Karl Poper, filósofo da ciência, escreveu sobre a principal fonte da nossa ignorância: “o fato de que nosso conhecimento só pode ser finito, mas nossa ignorância deve necessariamente ser infinita. [...] Vale a pena lembrar que, embora haja uma vasta diferença entre nós no que diz respeito aos fragmentos que conhecemos, somos todos iguais ao infinito da nossa ignorância.”

Aqueles que não creem na existência de Deus deveriam, pois, se sentir pequenos ante ao fato de estarem vivendo em um Universo que teima em não fornecer as respostas mais importantes para suas vidas. Os crentes em um Criador de tudo o que existe deveriam, além de se sentirem humilhados, passar da admiração para a adoração e falar como o salmista: “Quando contemplo os teus céus, obra dos teus dedos, e a lua e as estrelas que estabeleceste, que é o homem, que dele te lembres e o filho do homem, que o visites? (Salmos 8:3-4)

George Gonsalves
Enviado por George Gonsalves em 26/08/2012
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