O HABITANTE DE LUZIRMIL - parte 2

Curiosamente, ao se aproximar de Zóluz, o homem parou, e fitando profundamente em seus olhos, disse:

—Olá! Há calmaria nesse mar?

—Oh! Não compreendi sua pergunta — respondeu Zóluz.

—Há paz por aqui? — falou o estranho.

—Oh! Amigo! Paz na terra, nos tempos atuais, só além do horizonte das sombras.

—Ora. Eu vim da lá. Entretanto lá está um caos.

—Ei, quem é você? Parece que falas a minha língua!

—Oh! Caro amigo. Vim de um lugar tenebroso, onde as pessoas estão sofrendo. Por um acaso achei uma brecha na muralha da desolação e tomei um rumo qualquer. Há dias venho caminhando no sentido de encontrar a paz.

—Bem, então estamos no mesmo barco. Sou um andarilho a procura, não só da paz, mas também de algo ainda imaginável.

—Não sei o que procuras, caro companheiro, mas poderíamos trocar algumas idéias a respeito de nossas metas. Talvez eu tenha conhecimento de alguma ciência jamais imaginada por ti, que lhe servirá como princípios

—Oh! Acredito que ninguém conseguirá decifrar os enigmas de meus pensamentos.