Poema verdadêro

Poema verdadêro!

Airam Ribeiro.

percizo vortá pro meu interiô

percizo min cunhecê eu.

pois já min injuêi dos abraço e bêjos virtuá.

vô lá pro meu buquêrão vê a natureza

adonde as coisa nun é farça nem intereçêra.

vô ficá longi da intre neti, intre beti, intre zeti, intre queti.

lá prondé cô vô, nun tem:

tim nem tum, nem tan

num tem oi, nem ai, nem ui

nun tem claro, nem iscuro, nem dia e nem noite

nem vivo, nem morto, nem difunto e nem fantasma

nem brasil telecom,nem brasil telesem.

jatô xêi das farças tequinolo gia, tequinolo sapo, tequinolo rã

ô quarqué outra tequinolo batráquios

que fica aqui ditano as norma da minha vivênça.

tô min desligano do mundo virtuá, virtu xão

pois tô infestado dos virus das farcidade, das mundiça dessas gente

qui só sabe curti e qui nunca aprendeu a cumpartilhá.

de tantos os butão qui tem o meu tecrado,

o maismió qui já inventáro foi o delete.

jatô xêi de amigos falço qui só min cunheci aqui neste ispáço,

aforante uns qui aqui cuncidéro.

percizo urgen timenti duma lambida dum caxôrro amigo!

mindesligo!

Airam Ribeiro
Enviado por Airam Ribeiro em 08/12/2013
Reeditado em 08/12/2013
Código do texto: T4603316
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