O HOMEM, UMA EROSÃO PROGRESSIVA
Eu vejo as pedras como seres vivos:
calmas,
silentes,
solícitas,
mutantes,
submissas,
cortantes como a nossa rebeldia.
O tempo é a nossa vida em desenfreada erosão.
Se elas pudessem me escutar,
todas seriam puro ouvido.
Se fossem corações,
estariam vermelhas.
Se possuíssem olhos,
todas se inundariam em choro.
Somos pedras irregulares.