Status e ilusão

Vivemos em um mundo repleto de vaidades e orgulhos em que muitas pessoas, homens ou mulheres, preferem a companhia dissimulada de afamados e notáveis que de verdadeiros amigos e4 parentes.

Conheço pessoas que não se misturam com os humildes, ao contrário sentem certa vergonha quando por acaso se encontram e são obrigadas pelas circunstâncias se cumprimentarem.

São soberbas e gostam da companhia de gente de posse; acreditando que essas companhias conferem-lhes status. Vivem paparicando os ricos e ilustres e afastam-se das suas origens simples.

Há os que se envergonham até mesmo do local onde nasceram e moram e dos parentes próximos como pais e irmãos. Nas vias públicas se fazem de esquecidos e alheios e não cumprimentam os amigos, como se eles tivessem um mal contagioso. Puro orgulho.

Ostentam uma riqueza e uma posição que não têm, são soberbos como fariseus e escribas.

Não se sabe se essas pessoas são felizes, pois, como podem sentir se completas quando na verdade vivem uma ilusão num canto solitário de suas vidas.

Conheço caso de gente dessa estirpe que não mediram consequências para atingirem seus inescrupulosos objetivos.

Mentiram, tramaram nas sombras da noite para usurpar parentes e amigos só para terem a doce ilusão de poder e glória, quando na verdade não passam de criaturas pobres da matéria e do espírito.

Vivem pelo dinheiro e posição social e esquecem o seu eu e sua alma que está bastante fragilizada.

Os que se fazem de rico e ostentam uma posição social que não tem, são muitos dos que sequer pensam em fazer um donativo ou ajudar os necessitados e oprimidos pelas mazelas sociais e catástrofes naturais.

Em seus pensamentos e posturas frente à sociedade, acham que são intocáveis.

Por outro lado há o reverso da moeda. Existem pessoas que possuem verdadeiros impérios financeiros, são famosos e, no entanto não se jactam das suas condições sociais.

São pessoas que no anonimato ajudam obras assistenciais e estão predispostas mais a ajudar do que ostentar joias, carro do ano e manchetes nas colunas sociais.

São cidadãos e cidadãs que não vivem de banalidades, antes trabalham e procuram a discrição como modo de vida.

Pessoas desse quilate apresentam um semblante sereno e uma vida regrada, são ricas e poderosas mas se fazem de pobres para que a alma não seja maculada pela soberba, luxúria, avareza e outros tantos pecados capitais que afastam o homem de Deus.

Atentem para o provérbio 13, versículo 7: “ Há quem se faça rico, não tendo coisa nenhuma, e quem se faça pobre, tendo grande riqueza”

Guilhermino Domingues de Oliveira

São Roque, 11 de dezembro de 2015.

Guilhermino
Enviado por Guilhermino em 12/12/2015
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