Stefany Rummond: um aconchego para o seu natal

Era dois de dezembro 1994, quando Stefany Rummond abriu seus olhos acordada pelo barulho incessante de uma violenta tempestade. Sozinha em sua casa deixou que o medo a invadisse de tal modo que cobriu todo seu rosto com seu edredom; lá estava ela, tremendo de frio, libertando as lagrimas que precisavam cair. Soluçava, mas seus soluços se misturavam com o barulho da tempestade e do vento lá fora que ninguém conseguia escutar seu pranto.

Aquela meiga garota que antes tão sorridente tão brincalhona, perdeu-se e não consegue se encontrar. Dentro do olhar de Stefany ,estava um falso príncipe que chegou em um cavalo branco, mostrou um falso amor e partiu sem qualquer demonstração de que dentro dele pulsava um coração.

Ela não conseguiu pegar no sono, e com a frustração constante e não desejando ficar na solidão, a garota pegou as chaves de seu carro e desnorteada saiu rumo à estrada sob a qual não conhecia. Como já imaginável,ela perdeu o controle de seu veículo e sofreu um acidente que lhe roubou a memória. Quando voltou a sua casa guiada por conhecidos, avistou quatro cores: azul, amarelo, verde e vermelho; as luzes do pinheiro estavam dispostas sobre a árvore de natal, juntamente com uma estrela bem no topo que encanta qualquer observador, e que encantou outra vez Stefany. Ela ficou sem compreender o que fazia em baixo daquela árvore um envelope que ao abrir continha uma folha em branco sem nenhuma letra, sem nenhuma palavra. Aquela carta sem destinatário havia sido colocada ali para que ela pudesse escrever para si mesma, e ler no dia do natal quando os sinos soarem e o relógio marcasse meia noite. Quando ela sentiria na solidão, pela carência de um abraço que não receberia. Irá ela escrever naquele papel branco o prefácio de um livro que surgira a partir dali. Um livro, onde só ela poderá escolher o grande e esperado final.

A perda de memória foi passageira, lembrou-se de tudo na véspera do natal. Quando o relógio marcou meia noite, uma lagrima escorreu; viu que quando de nada mais recordasse, quando seu coração por ele não batesse mais forte, ela ficaria bem. Viu que teve a oportunidade de criar em si, a esperança que já havia perdido. Não só pelo falso príncipe que partiu, mas por outros motivos avassaladores que tornaram aquele ano tão difícil e dolorido, fazendo com que ela desacreditasse no amor.

Azul, amarelo, verde e vermelho; as luzes foram acesas pela primeira vez. Stefany Rummond pegou o envelope que estava debaixo do pinheiro, e o colocou dentro da bíblia. Disse em tom alto, sozinha em sua casa: estou feliz meu irmão, todos os dias desde o início dos tempos são seus; hoje em especial, pois mesmo em meio aqueles que desconhecem o sentido do natal, nem que por um minuto elevam o pensamento a ti, mesmo não o seguindo, mesmo não andando em teu caminho. Portanto esse dia um pouco mais do que todos os outros não pertence a mim.

A maior prova de amor que Stefany podia ter recebido, foi mostrada na cruz. Ele não estava só lá; seu pai estava presente. A garota também não esta só. Ela que tanto medo tinha das luzes a destruir, sorriu, pois ascendeu ali, simbolicamente o amor mais puro que ela já havia sentido.

Que a magia do natal toque o coração de todos os irmãos de Jesus, em especial daqueles que tiveram percas grandiosas ou momentos extremamente difíceis neste ano.

Se Stefany Rummond, uma verdadeira princesa que se viu na destruição, encontrou as luzes para seguir em frente, todos podem encontrar. Que não escrevam o prefácio de um livro, mas que escrevam no dia de sua maior dor sentida, o prefácio de uma vida nova.

Feliz Natal irmãos. Lutemos para que cada dia nos tornemos pessoas melhores, merecedores de um amor tão digno. Que Deus guie nossos passos e que o mesmo amor que fez Cristo reviver seja o aconchego daqueles que derramaram lagrimas causadas pelo homem imperfeito.

"Buscar-me-eis e me achareis, quando me buscardes de todo o vosso coração".

Jhenifer Dorneles
Enviado por Jhenifer Dorneles em 20/12/2015
Reeditado em 20/12/2015
Código do texto: T5485942
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