O vampiro

Estou tendo um ataque de pânico. Um vampirao entrou agora viajando pela novela das nove. O sangue escorre na telinha. Toda aquela esquisitice humana está estampada em sua cara de pau.

Os ternos estão pretos e por todas as partes se locomovem em carrões. A indignidade eh carnavalesca e todos os pseudônimos se enfeitam em alegorias, todas as formas de medo assolá uma multidão. Temo o instante seguinte porque nos dentes do vampirao realça o cotidiano da nação. Como se o olho do furacão beijasse o nariz empinado do político. Tem festa na TV. A corrupção esta sendo servida e neste prato escarnece as entranhas da pobreza. Sou do século passado e o Pânico passou a retirar as pessoas que vem da ideologia da aceitação. O botão da TV eh mágico. Podemos rir de um circo montado e que se desmonta sob uma alegria travestido de Dor, Sangue e suor. Ele suga vidas. Um ser deste mundo chamado Brasil onde o fogo sente cócegas quando eh banhado pelo rio da ignorância.