Liberdade

Não me cativas,

Sofres de algo mais,

Beleza negra e fera

Fica agora a minha espera.

De tuas devassas só restaram algemas serradas de

Meu punho,

Me marcaste com forte cunho.

Voraz fera, crua e bela, cantavas ao me afagar:

Sinhá, não mais me governará!

Pus-me forte, amante amargo, gentil e solene

Fizeste-me tão mal, sabendo que eu era o cerne!!!

Mataste o cordão de nascimento de minha vida

E vitória

Em meu conceito, és mera escória.

Erva sufocante de mente duvidosa,

Fingias-te bem amorosa.

És peregrina, sem o norte,

Magoado ficarei até a morte.

Agora cá estou em sofrimento,

Eras como um pássaro agourento

Anjo negro, de ti fujo, por ti padeço, morro...

Porém sou forte, agüento: sou um touro.

Daniel S Costa
Enviado por Daniel S Costa em 25/09/2007
Reeditado em 21/01/2010
Código do texto: T667909
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