Memória do p Memória do passado e presente do Chico Luz

Memória do passado e presente do Chico Luz

Recebi o desafio da amiga Vera Helena para escrever história da minha vida.

1. E pra começa-la, vou conta-la na terceira pessoa do caso reto, como diálogo com o leitor. Assim, pretendo dizer sobre o Chico Luz, surgente de uma vida inusitada.

2. Começando pelo começo, obviamente, o perso nagem nasce no remanescente da Segunda Grande Guerra Mundial, precisamente no dia 8 de março de 1945. Batizado no mesmo dia, na Pia Batismal da Capela da Maternidade Matarazzo, registrado na Paróquia Imaculada Conceição, pelo nome de José Francisco Ferraz Luz.

3. A Guerra já estava no seu fim, não existe consenso quanto à data exata do fim da guerra. Tem sido sugerido que a guerra terminou no armistício de 14 de agosto de 1945, ao invés da rendição formal do Japão em 2 de setembro de 1945; alguns apontam o fim da guerra no dia 8 de maio de 1945. Considerando esta data o fim da Guerra, então ele vive cinco meses de guerra até seu armistício. Neste interim participa, indi-retamente, no ventre de sua mãe, as augirias da guerra. Inacreditável vi-vencia do blecaute, com o fechamento das janelas com pano preto contra a claridade da iluminação doméstica. Pois o Brasil se defendia dos ataques por inimigos. Muitos conterrâneos foram enviados para integrar a FEB (Força Expedicionária Brasileira), que desembarcou para lutar na Itália. Por aqui, teve ainda aumento absurdo no preço dos alimentos, racionamento de gasolina e o blecaute. Em fevereiro de 1942, submarinos alemães e italianos iniciaram o torpedeamento de embarcações brasileiras no oceano Atlântico em represália à adesão do Brasil aos compromissos da Carta do Atlântico (que previa o alinhamento automático com qualquer nação do continente americano que fosse atacada por uma potência extracontinental), o que tornava sua neutralidade apenas teórica.

4. Durante o ano de 1942, em meio a incentivos econômicos e pressão diplomática, os americanos instalaram bases aeronavais ao longo da costa Norte-Nordeste brasileira. Após meses de torpedeamento de navios mercantes brasileiros (21 submarinos alemães e dois italianos foram responsáveis pelo afundamento de 36 navios mercantes brasileiros, causando 1691 náufragos e 1074 mortes, o que foi o principal motivo que conduziu à declaração de guerra do Brasil à Alemanha e Itália) o povo vai às ruas e o Governo Brasileiro declara guerra à Alemanha nazista e à Itália fascista, em agosto de 1942. A bem da verdade os Americanos estavam com base aérea em Natal no Brasil como forma de encurtar a distancia com a Europa.

5. Vicente Celestino em sua canção, Mia Gioconda, por ele mesmo in-terpretada, retratou bem o drama do brasileiro João e sua namorada Iole, na Itália, e, interrompido no re-torno da FEB ao Brasil. Antes do embarque, mesmo acreditando ser impossível trazer Iole ao Brasil, João prometeu buscá-la para que ambos pudessem casar-se.

6. O Brasil já tinha experiência de Guerra, antes mesmo desta Mundial, por ocasião da Revolução Constitucionalista de 1932, quando os Paulistas e Paulistanos do Brasil e estrangeiros das mais diversas colônias estrangeiras lutaram contra a ditadura de Getúlio Vargas e seu Exercito Brasileiro, quando provocações advindas em 23 de maio de 1932 assassinaram os jovens Martins, Miragaia, Dráuzio e Camargo na Praça da Republica, formando a sigla MMDC do Exercito Constitucionalista que eclodiu no dia 9 de Julho do mesmo ano, que durou até 2 de Novembro, por ocasião da cessação das hostilidades, sem vitoriosos nem derrotados. Os tios do seu pai, Henrique e Juvenal, foram combatentes, festejando esta data todos os anos nas paradas militares e dos combatentes desta epopeia, que se realizava na Avenida Nove de Julho, saindo do Túnel.

7. Note-se que o Chico Luz tinha apenas cinco meses de idade e já assimilava o contexto do referido blecaute. Um excepcional que ao longo de sua história demonstra sua perspicácia e sexto sentido na conjuntura de sua vida.

8. O primeiro acidente lhe ocorreu com um ano de idade, quando rolou gramado a baixo até a borda da piscina na chácara do seu avô materno em Osasco. Naquele tempo para ir para Osasco, tinha que atravessar de balsa do Rio Tietê, e, uma longa caminhada até chegar ao seu destino, numa propriedade adquirida da Cúria que abrigava seminarista em formação. Uma sede com muitos quartos que aconchegava a família e amigos.

9. Em julho de 1949, por ocasião de sua mãe dar a luz ao seu sexto filho, José Pedro, portanto, encontrando-se em Maternidade, os meninos, livres dos cuidados dela, resolveram aprontar uma peraltagem subindo no telhado da edícula no fundo do quintal, para conversar com o vizinho.

10. Note-se que o Chico aos quatro anos e três meses, sobe atrás dos irmãos mais velhos: José Roberto de seis anos e José Luiz, de dez anos, para acompanha-los na aventura alpinista, vindo a cair, rolando telhado a baixo no quintal do vizinho, batendo a cabeça na quina do canteiro, abrindo-lhe o couro cabeludo, precisando levar pontos na sutura daquele corte.

11. Vizinho este que dava para o casarão do Conde Siciliano, na Avenida Paulista sito no quarteirão das ruas Joaquim Eugenio de Lima, Alameda Santos, Avenida Brigadeiro Luiz Antônio e a citada Avenida Paulista.

12. Como dizia seu pai de maneira jocosa, lembrando a vitrola com acidente no disco, repetindo até que o ouvinte desse uma ajeitada na agulha; “não afetou, não afetou, não afetou” ah, ah, ah...

13. Garoto inteligente, aos cinco anos foi catequizado por sua mãe e fez sua Primeira Comunhão, em 21 de novembro de 1950, sabendo de cor o Catecismo e os Evangelhos, pois ainda não era alfabetizado. Diga-se de passagem, que ele fora examinado pelo Frei Ângelo Maria de Piracicaba, da paróquia Imaculada Conceição, e, pela Madre Madalena da Ordem Beneditina, da Abadia de Santa Maria, cujo convento no quarteirão localiza-se hoje o Hotel Maksoud e os edifícios construídos naquele terreno. Foi coroinha junto com seus irmãos, nas Missas solenes, cantadas em Gregoriano, se distraindo nas horas em que deveria atuar, causando vergonha a sua Tia, a quem a chamavam-na de Tia Teté. Como freira enclausurada, não se podia vê-la fora do claustro, mas quem estivesse concelebrando avistava as freiras nos seus juenoflexsorio e no Coro onde a Mare Madalena tocava órgão. Quando queriam visita-la, tinham que vê-la através do parlatório, uma sala alta dividida ao meio com grade, de um lado as freiras e do outro o povo. Não podia se dar as mãos, e quando traziam alguma doação eram passadas através de uma gaveta no balcão onde estava o gradil que dividia a clausura, ou na ronda embutida na parede entre dois cômodos, roda essa apelidada pelo povo de roda dos enjeitados. Depois do Vaticano II, tudo mudou, desde a ritualística, até a disciplina nos conventos.

14. Madre Madalena, antes de adentrar para o convento, chamava-se Carolina, morava na Rua Fausto Ferraz. Era sua colega no Caetano de Campos a Maria da Glória, mãe do Chico, que morava a uns cem metros dela. Neste convívio, entre visitas domesticas, conheceu seu irmão João, com quem se casou em 1938, e tiveram nove filhos. Sete José e duas Marias.

15. Mas aos sete anos começou estudar o Primário com a sua catequista entre as atividades domésticas que ela dedicava aos seus filhos que eram naquela época seis dos nove que teve. Preparado para o exame de admissão ao Ginásio não logrou êxito, tendo que ser matriculado no Colégio Santo Alberto para cursar o quarto ano Primário. Naquela época não se diagnosticava o que hoje se conhece como dislexia, causando ao rapaz repetência por quatro vezes o seu primeiro ano ginasial. Em face desta “preguiça” seu pai o empregou-o como office-boy, cuja profissão formou-se na “escola da vida” propiciando sua maturidade e experiência de vida.

16. Nesta ocasião 1960, frequen-tava a Colmeia, instituição voltada para o civismo e a cidadania de jovens, fundada pela educadora Marina Cintra, falecida num acidente aéreo no pouso em Santos Dumont, Rio de Janeiro. Fez amizades sólidas, entre elas com José Torre de Lima e Silvia Pires Montelhone que duram até os dias de hoje.

17. Namorou a Elvira Giancole, mulher cinco anos mais velha que ele, mas que ela não sabia sua idade até alistar-se na FAB Força Aérea Brasileira, onde foi dispensado por excesso de contingente, vindo ela, a saber, da sua idade, motivando o fim do namoro.

18. Empregado na Massey-Ferguson, Cibramar, Marcas Famosas, Sears, Mappin, Banco Itaú, Autopeças Carango, vendedor autônomo de diversas mercadorias. Na Massey-Ferguson era office-boy no escritório central, sito à Avenida São João, no prédio Olido, onde circulava pela cidade, entre Bancos e Comercio, conhecendo o Centro da Cidade. Mas, por razões administrativas a direção ouve por bem mudar-se para o Jaguaré, onde ficava a sua linha de montagem dos tratores importados do Canadá, dificultando sua locomoção que era da cidade para a periferia, através de ônibus fretado, motivando, em face de sua distancia, demitir-se da companhia.

19. Na CIBRAMAR, um capitula a parte dos seus empregos, era re-cepcionista da oficina, onde recebia os proprietários dos Volkswagen para suas revisões na garantia de fábrica, constatando possíveis defeitos para serem consertados e por ele testados. Assim, muitas vezes se encontrava com seus conhecidos, oferecendo-se para entregar em domicílio, podendo assim ter o prazer de dirigir por itinerário desviado até a casa da namorada e amigos.

20. Foi Comissário de Pista do Automóvel Club do Brasil, por amor ao automobilismo, sem fins lucrativos, participando de várias corridas de Formula 1, no Autódromo de Interlagos, Rio de Janeiro e interior de São Paulo, sempre abrilhantada pelo piloto Francisco Sacco Landi, mais conhecido como Chico Landi, protagonista das corridas.

21. Muitas amizades surgiram no caminho do jovem, das quais mais se conservaram desde 1963 até os dias de hoje foram: Vera Helena Mendonça Godwin, Maria Apareci-da Teixeira de Campos e a Myriam Unterman, com quem ele se casou em 1969, em plenos festejos de Hosh hashana e Yon Kipur.

22. Sua veia artística era tímida, porem atuante. Encenou peças infantis de autoria de Maria Clara Machado, nos teatros Paulo Eiró, João Caetano, entre outros. Levava nas suas apresentações as crianças Telinha e Guto, irmãos da Vera Helena. Fez parte do Coral do Banco Itaú, Clube Ipê, CESP e do Maestro Valter Lourenção. Dirigiu e apresentou Presépio ao Vivo na Festa Natalina da CESP em 1969. Colecionador de máquinas fotográficas desde as de caixotes às de fole, até as obsoletas máquinas de filme negativo. Aprecia peças de antiquário tendo no seu modesto acerva raras peças curiosas do século passado.

23. Um contumaz apostador na Loteria Federal traz com sigo uma coleção de todos os bilhetes corridos, adquiridos desde 1969, até os dias de hoje, bilhetes esses que não foram contemplados, mas trazem uma menção ou homenagem a personagens ou fatos contemporâneos, como datas cívicas, aniversário de Cidades, inventores, etc.

24. Trabalhou no Banco Federal de Crédito Itaú, hoje Banco Itaú, operava o sistema de microfilmagem, uma novidade bancária muito visitada a convite e na companhia de seus diretores. Nesta época o Chico usava barba aparada, pois não podia raspá-la em face de sua pele ser muita fina e barba grossa, que não lhe permitia barbeasse todos os dias. E para não ficar mal barbeado, dando-lhe a impressão de desleixo, resolveu deixa-la crescer e apará-la como o de costuma. Mas como à época todo subversivo da Revolução de 1964, assim se identificavam, ele foi censurado a corta-la ou demitir-se. Como nenhuma nem outra coisa fez, foi demitido a bem da disciplina interna.

25. Por fim, admitido na CESP Companhia Energética do Estado de São Paulo, onde trabalhou de 1969 até 1996 ocasiões em que se aposentou. Uma empresa que assistia socialmente os empregados, presenteando os filhos dos funcionários no Natal, e, no que tange exclusive ao gozo de suas férias, transformando o canteiro de obras desativado por conclusão, em Colônia de Férias a Vila Operária na beira da represa das unidas de Jurumirim, Barra Bonita, Ibitinga, Paraibuna e Campos do Jordão. Frequentaram todas elas até seu fechamento com a privatização da CESP. Na qualidade de escritor, coparticipou de um “Anuário do Seminário CESP conta sua História” onde narrou sobre o Sindicalismo na vida dos funcionários.

26. Atuou como Jurado no Primeiro Tribunal do Júri desde 1986 até 1996, quando abdicou em razão da sua aposentadoria trabalhista.

27. Teve uma infeliz experiência como professor na Faculdade Cásper Líbero, lecionando Introdução a Ciência do Direito, nos idos de 1989, mas não gostou da classe maturidade onde pouquíssima alunos se faziam presente desde o inicio das aulas, sendo que a maioria chegava ao final para assinar a lista de presença.

28. Em Dezembro de 1968, ficaram noivos ante uma ladainha de pedidos aos pais da noiva. Como ela morava com os avós maternos, foi a eles solicitar a mão da neta em casamento. Acontece que eles responderam que o pedido deveria ser feito a mãe dela, que esta casada em segundas núpcias. Lá foram eles pedir a mão da filha em casamento. A futura sogra achou que o pedido deveria ser feito ao pai da noiva, e, lá foram os noivos falar com o futuro sogro. Recebido em sua casa, ouvindo o solene pedido, concedia desde que a mãe e os avós estivessem de acordo.

29. Como prometido a sua noiva casaram-se numa cerimonia ecumênica, entre Católico e Judeu, onde ele é mais Judeu do que Católico e ela Mais Católica do que Judia. Para resolver o impasse religioso, casou-se na Paróquia Imaculada Conceição, sob a benção do Frei Tomé, seu irmão de leite, com uma liturgia toda voltada para a Torá, contentando ambas as famílias. Desta união nasceu sua filha Martha em 1970, o Henrique em 1971 e o Camilo em 1975. A Martha casou-se como Genesis, que lhes deram a neta Glória em 2002, o Henrique com a Cristina nada lhes deram netos e o Camilo com a Yone deu o neto Thiago em 1996, hoje Sargento do Exercito, com quem por sua vez casou-se com Elissandra. Nestes cinquenta e um anos de vida conjugal.

30. Como não pastava ser pai, mas tinha que participar, foi ser escoteiro junto com os filhos no 39º Grupo Escoteiro Guia Lopes, sediado no Ipê Clube, nos idos de 1986 a 1992, participando da sua administração até Mestre Pioneiro por ocasião do seu filho Henrique ser Pioneiro, revivendo os tempos de campista.

31. Dentre muitas atividades filantrópicas atuou como Rádio Amador, prestando serviço comunitário exclusivamente em todo território nacional, conforme licença expedida pelo Ministério das Comunicações.

32. Por ocasião da gestação da gravidez do Camilo, a Myriam pegou vírus da Meningite, preocupando a todos por eventuais sequelas ao seu filho Camilo, o que levou o Chico a deixar de fumar em prol da saúde dele. Vicio este adquirido desde seus Treze anos de idade, quando furtava da bolsa da empregada que ficava no banheiro do quintal. Na infância, acendia papel higiênico enrolado para imitar seus tios fumantes. A fumaça ardia seus olhos num desconforto que não o fazia desistir. Como só isto fosse pouco, ainda se prontificou a ir a pé até Aparecida do Norte. Seus amigos, Horácio e José Antônio, se prontificaram a acompanha-lo, dando-lhe suporte na eventualidade de suas necessidades. Foi dois dias de ida, através do acostamento da Rodovia Dutra, pernoitando em São José dos Campos. O caminho era acompanhado a cada cinco quilômetros, por um dos dois fieis escudeiros. Assim cada vez um levava o carro enquanto o outro lhe fazia companhia. Era semana Santa, havia muitos romeiros pela estrada e também na cidade. Quando chegaram a São Paulo, depois da missão cumprida, foram direto a uma sauna receber massagens musculares com jato d’água, refazendo seus estados físicos. Suas preces e sacrifícios foram ouvidos, nascendo um meninão forte saudável. O Chico deixa de fumar cigarros, passando a fumegar charutos, para “alegria” dos seus acompanhantes. Mas que logo deixou esta mania como profilaxia saudável. Hoje em dia é avesso ao tabagismo, censurando quem fuma este canceroso Visio ou diletantismo.

33. Ao contrario do que dizem das Sogras em geral, o Chico com ela se davam muito bem. A levava nos Bailes da Saudade, promovido pelo Francisco Petrônio, dançavam, passando uma tarde feliz, deixando-a satisfeita pelo programa da terceira idade. Viveu até 1994, falecendo aos 74 anos de câncer.

34. Foi candidato em 1992, pelo PDS a vereador no Município do Guarujá, onde tinha seu domicílio eleitoral, e proprietário de um Flat de veraneio. Mas não conseguiu se eleger, pois só contava com os votos familiares, por mais que ele tenha contratado meninos para fazerem “boca de urna” permitida na época pela legislação eleitoral. Depois dessa experiência nunca mais se envolveu com politica partidária.

35. Aventuraram-se pela atividade campista, comprando uma barraca canadense com duas acomodações acampavam pelos mais diversos campings, na companhia de amigos aventurosos. Subiu de status, adquiriu um trailer, que levava a sogra em sua companhia; passando por dificuldades na época do racionamento da gasolina, ficando muitas vezes acampado em frente ao Posto de Gasolina até sua abertura pela manhã, para abastecer e prosseguir viagem predestinada. Nesta época nossa amiga Vera e seu marido Geraldo também tinham trailer, e, acampávamos juntos. Os filhos, Henrique do Chico e a Cristiana do Geraldo, trocavam de alojamento trazendo todas as novidades dos seus pernoites. Por fim ele vendeu sua casa ambulante e adquiriram um Flat no Bulevar do Guarujá, que nada devia nas acomodações do saudoso trailer, porem fixo em terra firme.

36. Nas férias escolares a Myriam ia com os filhos para Guarujá no seu Flat passar a temporada, enquanto o Chico ficava trabalhando e só ia aos fins de semana. Em São Paulo durante a semana frequentava o Jockey Club, onde seu amigo era leiloeiro. Numa dessas assistidas, deve ter coçado a cabeça ou qualquer outro gesto involuntário, e o leiloeiro deu por encerrado o lance único daquele cavalo. Logo veio uma simpática jovem de minissaia muito bem calçada numa sandália se equilibrando no salto, com uma prancheta na mão, colher os meus dados e assinar o termo de proprietário de um puro sangue Inglês. O custo mensal do cavalo no Jockey era mais caro do que o preço pago. Correu algumas vezes em São Paulo, mas pela posição no olho mecânico depois do segundo lugar, o que recebi mal dava para pagar os custos. O tratador sugeriu que ele fosse para o Jockey do Paraná, e lá ganhou alguns páreos o se pagava no final das contas. Colocado novamente em Leilão, se viu livre com a rematação conseguida. O mais difícil foi convencer a Myriam de que havia feito um bom negocio com aquela aquisição.

37. Uma de suas aventuras era vivenciar o clamor dos cassinos de Las Vegas, nada comparável ao conhecido cassino clandestino de Minas Gerais, vizinho de Campos do Jordão, realizado numa fazenda. O taxi que levava os jogadores ficava à sua disposição no local, podendo jantar tudo à custa do Cassino. O Chico esteve algumas vezes lá, encontrando a Vera que lhe confidenciará que o Geraldo, seu marido, estava perdendo naquele momento. O jeito de o Chico controlar sua sorte ou azar era colocar no bolso direito da calça o seu cacife; e no bolso esquerdo as fixas que ganhava. Quando acabava o que tinha no da direita, ia até a tesouraria receber o que sobrou no da esquerda. Se nada tivesse em ambos os bolsos, era honra de voltar para o seu reduto.

38. Como ninguém é de ferro, o Chico foi atropelado nas imediações do Sindicato dos Eletricitários, precisamente no Largo da Pólvora, fraturando o planalto da tíbia, ficando imobilizados durante uns seis meses, convalescendo no seu Flat do Guarujá.

39. Era dirigente Sindical em 1983 razão pela qual fora convidado pelo governo do Estado de Israel para um Curso de obreiros da América Latina, com duração de dois meses em 1986. Aproveitando sua estada no Oriente Médio, ele foi até o Egito conhecer as suas Pirâmides e seus mistérios.

40. Ao termino do Curso, encantado com o País resolve alfabetizar-se em Hebraico, fazendo seus estudos no Centro da Cultura Hebraica em São Paulo.

41. Voltando do Egito encontrou-se com sua esposa Myriam em Madri e fizeram uma turnê por Espanha, França, Alemanha, Amsterdam, Itália, através de trem muito confortável sobre todos os aspectos. Desde então nunca mais deixaram o carro de viajar, curtindo a Europa com tempo e dinheiro.

42. Muitas outras amizades eles tiveram ao longo da vida, mas nenhuma se compara a fidelidade da Vera e da Cida, ou, do Carlos e Inez, como, também, Torres e Silvia. Cada uma delas de diferentes lugares.

43. De repente, sem nenhuma explicação, bateu uma saudade dos seus tempos de estudante, vindo a matricular-se no Curso de Madureza e se preparou para o vestibular, na Faculdade de Direito de Bragança Paulista, onde prestou vestibular. Mas não logrou êxito, pois lhe faltara eliminar a última matéria pendente. Em face disso, prestou exame da matéria faltante em Porto Alegre, indo e voltando no mesmo dia de avião da Transbrasil, prestou o exame faltante, conseguindo concluir do Segundo Grau, e ingressar na Faculdade de Direito de Guarulhos.

44. Nesta ocasião ganhou de seu pai uma cópia da carta de Ruy Bar-bosa ao seu primo Geraldo, endereçando a ele com uma dedicatória digna de ser reproduzida nesta oportunidade.

45. Assim ele escreveu: “José Francisco. Faço-lhe presente desta foto-cópia de uma carta original do grande Ruy. Foi-me oferecida pelo próprio destinatário – Dr. Geraldo de Oliveira Martins (que por parte de mãe é Barbosa de Oliveira) Dr. Geraldo tornou-se um grande amigo meu, e eu o admiro muito; travei conhecimento com ele por intermédio do Dr. Júlio Miguel de Freitas (meu chefe na COSIPA), pois eles são amigos desde a infância. Acho importante sublinhar a atualidade destas considerações de Ruy Barbosa. Acrescentarei: Agradar a Deus é “santificar-se”; e todo o homem - particularmente os Cristãos – tem este DEVER que é “univer-sal”, conforme nos adverte a Constituição “Lumen Gentium”, documento o mais importante do Concilio Vaticano II. Nosso esforço de santificação deve ser através dos nossas atividades habituais, quotidianas; isto é, não APESAR dessas atividades ou ocupações, mas NE-LAS e POR ELAS! Tem, portanto, muita razão Ruy Barbosa em afirmar que “não é o único, mas o melhor MEIO de agradar a Deus é cumprir o DEVER DO TRABA-LHO...” Mais do que nunca, nesta época que você esta vivendo, ES-TUDAR é um dever, um trabalho específico, que a todos se impõe. É preciso estudar para adquirir uma “profissão” e, competentes na profissão, é imprescindível que façamos de nossas atividades uma “colaboração à Obra de Deus” e um serviço prestado ao próximo. Guarde esta lembrança também como recordação de seu pai. São Paulo, 23 de Novembro de 1966”.

46. Ingressando na Faculdade de Direito de Guarulhos em 1972. Nesta ocasião, prestou serviço voluntário em memória dos seus tios avós, na Sociedade Veteranos de 1932, preparando os festejos comemorativos do quadragésimo ano da Revolução. Em razão disso foi condecorado com a Medalha Pedro de Toledo, vindo a ostentá-la na lapela de seus ternos nas atividades sociais.

47. Sua vida Universitária foi muito sacrificada, porque trabalhava no Departamento de desapropriação, tendo que viajar todos os dias num raio de até 200 km da CESP, verificando documentação imobiliária dos atingidos pela linha de transmissão que viria de Ilha Solteira até a subestação. Depois de um dia exaustivo dirigia-se para a Faculdade em Guarulhos, mal alimentado, cansado, para assistir as aulas até às 23 horas. Pega carona com seu colega Francisco de Souza Soares, fiel escudeiro na vida universitária, até a condução mais próxima de sua casa. Foram quatro anos de abnegada disposição estudantis.

48. Por ocasião do sesquicentenário da independência, 1822 a 1972, convenceu-se da solução politica do Brasil através da Monarquia, comungando com poder governamental, defendendo os seus ideais entre os seus mais próximos. Abominando a República que transformou a coisa pública em terra de ninguém.

49. Submeteu-se ao exame da OAB, sendo examinado pelo seu presidente Sydney Sanches que lhe perguntou jocosamente: “o Comendador esta preparado?” no que ele respondeu: “plus ou moins”. O examinador por sua vez admirando o examinado diz: “pois bem o comendador responderá em Frances então”. Pilhérias a parte, o exame transcorreu normalmente vindo a ser aprovado em 1976 com a inscrição 44.660. Ao receber sua Carteira da OAB, notou que havia impedimento de advogar contra Autarquias, no que diminuía sua capacidade profissional comparando aos dos seus colegas advogados. Assim, de forma inusitada sua primeira ação judicial foi contra a OAB, através de Mandado de Segurança contra arbitrariedade imposta contra ele. Não logrou êxito por sua vez, mas equiparou todos os colegas, independentemente de terem ou não inserido em suas carteiras tal impedimento, pois o mesmo não estava restrito ao apontamento em carteira, mas sim por força de Lei que eles estavam impedidos.

50. Apto à profissão, advogando na CESP onde galgou diversas promoções até aposentar-se com salário do ultimo mês, corrigido anualmente, dando-lhe prosperidade até os dias de hoje. Assistido pela Fundação CESP, gozam de um ótimo plano de saúde, previdência privada e subsidio medicamentoso.

51. De empregado foi a empregador em 1987, através da sua Agencia de Viagem ORTUR, sito a Rua Augusta, frequentada por colegas da CESP, amigos e fregueses. Sua agencia proporcionou inúmeras viagens nacionais e estrangeiras, aéreas, marítimas, rodoviária e ferroviária, ficando o casal expert no ramo. Prevendo o futuro das agencias virtuais, trataram de fecha-la evitando consequências desastrosas no mercado e com o advento de pandemias vaticinadas.

52. Em 1974, quando o Dólar estava igual à moeda brasileira, pode levar seus filhos para USA, em Miami, Orlando e Disneylândia. Levou-os também a Kim West passando por autoestrada sobre diversas ilhas, dando a sensação de estar em pleno alto-mar. Numa dessas pistas o Chico se excedeu na velocidade, surgindo misteriosamente uma viatura da Policia sinalizando para ele parar. Estacionou no acostamento e desceu para atender uma policial negra de forte físico. Esta exigiu que ele voltasse à direção do veiculo a guardasse ser abordado. Aprendeu mais essa, não se deve sair no carro na abordagem policial. Muitas outras vezes o casal viajou aos USA, por Califórnia, Texas, Las Vegas, New York, New Jersey, Massachusetts, Louisiana, Arizona, Pensilvânia, Maryland, Washington, Nevada, sem falar uma palavra em inglês, dirigindo confortáveis carros alugados.

53. Por ocasião de sua aposentadoria na CESP em 1996, incentivada por ter alcançado tempo mínimo de contribuição, recebeu o equivalente a vinte salários do mês pela aposentadoria incentivada, mais o FGTS com a multa de quarenta por cento, suficiente para comprar a loja da agencia ORTUR e para viajar para América Central. Como não podia os dois sair abandonando a direção da Agencia, a Myriam continua dirigindo, diga-se de passagem, com muita competência, em quanto Chico se aventurou por trinta dias, Guatemala, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Costa Rica e Panamá. Também foi a Bolívia, Equador, Nicarágua. Desses países o que mais lhe encantou foram: Costa Rica, onde teve oportunidade de ver de perto um Vulcão em erupção e Guatemala que tem duas cidades com mesmo nome, sendo uma a velha cidade e a nova moderna. Como sempre alugando carro para melhor conhecer por onde viaja, acidentou-se na estrada com um animal, e para não mata-lo, desfiou caindo barranco a baixo, dando perda total no veículo assegurado com cobertura total. Ele não se acidentou, apenas um de do da mão direita se feriu no vidro da sua porta ao sair pela janela. Seu fim de viagem foi encontrando a Myriam no México, fazendo o circuito das minas de prata, hospedando nos resort sofisticado a preço cotado a baixo do real.

54. Jornalista inscrito sob nº 0084838/SP do MTPS e na API sob nº SRP 080602/2017, publicando artigos nos Jornais de Barro e outros meios de comunicações, relatou suas peripécias pela América Central.

55. Como este Mundo é pequeno de mais! Vejam só: os avós maternos do Chico e da Myriam eram vizinhos e amigos, na Rua Treze de Maio. Segundo relatos de sua madrinha, Tia Conceição, lembra muito bem das gêmeas de chapéu acompanhando seu pai à porta de casa, quando encontrou seu vizinho de fronte, tirou o chapéu, como de costume à época, e a Colette, mãe da Myriam ainda pequena, com seus quatro anos, não mais que isto, imitando o seu pai também tirou seu chapéu para cumprimenta-lo, cena engraçada que ficou na memória da Tia do Chico. Quando o Chico veio a encontrar a mãe da Myriam, sabendo ela que seu futuro genro fora neto daquele seu vizinho da Rua Treze de Maio, lhe contou esta passagem de saudosa lembrança. Com o tempo cada família se mudou para os seus imóveis próprios.

56. Outra coincidência é que o Chico e a Myriam nasceram na mesma Maternidade Matarazzo, mas só vieram a se conhecer numa festa junina da Lareira (Escola de espera marido) em 1963, muito perto da residência do Chico, que todo ano participava da quadrilha fazendo par com qualquer aluna desacompanhada para completar a coreografia, e de lá para cá só viveram coincidências, amizade e convivência. Dois meses depois desta festa Junina, voltaram a se encontrar no DEMO, Departamento de Moços da Confederação das Famílias Cristãs, sito à Alameda Campinas, 833. Uma construção de estilo Inglês, de porte grande em nível de castelo, que vários pavimentos até o sótão, que promovia baile mensal nos sábados à noite. Um lugar concorrido de emoções á base de Cuba-Libre ao som da sua discoteca. No salão com mesas acomodavam seus pares e senhoras que acompanhavam suas filhas. Lá estava Dona Olga com sua filha Lucinha; Dona Nancy Moncau que trazia sua filha caçula, entre outras senhoras que conheceram frequentando aquela Confederação, muito conhecida pelas aulas da Madame Poços Leitão, que ensina os jovens a dançar valsa por ocasião de suas formaturas.

57. Desde que conheceu a Myriam, seu amor por ela despertou interesse em namorá-la, sabendo que ela frequentava a casa da Vera na Rua Cotovia, o Chico sempre aparecia para fazer a ”corte” na hora do jantar da família Mendonça; e para não incomodá-los com a sua inoportuna visita, levava uma compota de pêssego para sobremesa da família. Neste interim já se passavam os meses desde a festa Junina até meados do fim de ano, quando se realizavam os Bailes de Formatura. Era praxe nesta época de ficar na porta dos Clubes onde haveria o baile e solicitar algum convite que houvesse sobrado. Sempre tinha almas generosas que davam convites, para não sobrar inútil. Assim o Chico com a Myriam adentrava no salão, dançado a noite toda, sendo os últimos a saírem com os músicos da orquestra. A caminho da casa da Myriam eles faziam a pé, pois já não havia condução a esta hora da madrugada, podendo conversar o que não era possível ao som da musica dançante. Foi numa dessas conversas que não havendo jeito de convencê-la, veio ele a descobrir que ela não gostava do seu bigode. Não por isso, ele raspou o dito cujo, começaram a namorar enquanto crescia sua barba até apara-la, e nunca mais a cortou.

58. Iniciado na Loja Estrela da Paz nº 2696 em 1996, do GOSP filiado ao Grande Oriente do Brasil, galgou os graus simbólicos de Aprendiz em 1996, Elevado ao Grau de Companheiro em 1997 e Exaltado a Mestre, em 1997, chegando a Mestre Instalado em 11de Junho de 2003. Estudou os Graus Filosóficos até alcançar o Grau 33 do Rito Brasileiro em 2014; vindo a filhar-se na Loja América nº 189, GOSP por ocasião da desfiliação do GOB. Festejando o GOSP seu centenário de fundação em 1920.

59. Incentivado pela sua consorte, frequentou a Casa do Poeta “Lampião de Gás” e o Movimento Poético Nacional, publicando em suas antologias as suas composições literárias, vindo a publicar seu primeiro livro intitulado “Chico e seu estado de Espirito” em 1994, e ano seguinte seu segundo livro “Chico e seu estado de Graça”. De lá para cá não mais se furtou a publicar seus trabalhos em antologias que hoje somam a mais seis décadas antológicas.

60. Participa da Associação Portuguesa de Poetas e da Associação Portuguesa de Escritores, Ordem Nacional dos Escritores, Academia Itanhaense de Letras como correspondente.

61. Faz parte da Academia Paulistana Maçônica de Letras, ocupando a Cadeira nº 9 de Rodolpho Civili e da Academia Cristã de Letras, ocupando a Cadeira nº 9 Visconde de Cairu.

62. Pertence a Associação Brasileira de Médicos Escritores, graças a uma brecha estatutária que permite vinte por cento dos associados não sendo médicos, mas na condição de bacharéis noutra profissão, podendo assim, ele abranger sua atividade literária noutras entidades fins.

63. Em que pese a sua dislexia e seus erros ortográficos pela má formação educacional, consegue ser escritor de crônicas, poesias, contos, e artigos como jornalista. Publicou dois livros solos e inúmeros livros na modalidade de antologia.

64. Já foi ruralista com os seus 10.000 m2, criando esporadicamente cabra, vaca, avestruz, plantando milho, feijão, café, frutas e hortaliças. Plantou arvores, colheu frutos, teve filhos e escreveu livros preconizando que só vive quem assim faz. Em sua propriedade foi palco de inúmeras confraternizações, deixando saudades a todos que a frequentaram, sendo comentado até hoje inclusive pelo casamento da sua filha lá realizado com transpor-te dos noivos por charrete até a Capela onde se realizou a cerimonia. Esta chácara foi comprada, primeiro um só lote de 1.000 m2; seu compadre Alfredo Ando, também tinha Trailer, comprou o lote vizinho onde mandaram fazer um quiosque de sape e perfurar um poço. Aí ficavam estacionados seus Trailers gozando de um acampamento particular. Quando vendeu seu trailer construiu uma casa de três suítes, sala em ele com lareira, lavabo e sótão sobre a cozinha e quarto, onde ficava sua biblioteca e um pequeno museu com sua coleção de Máquinas fotográficas e outros acervos curiosos. Depois foi comprando outros lotes até perfazer 7.000m2. Quando percebeu que os três lotes vizinhos estavam abandonados, pleiteou Ação de Uso Capitão, adquirindo, assim, os outros 3.000m2, perfazendo seu quinhão de um hectare.

65. Poderia falar dos seus carros, suas viagens, mas impossível escreve-las aqui, pois cada qual daria outro livro interessante pelas suas peculiaridades e acidentes.

66. Da sua vida saudável operou a coluna da hérnia de disco, com a colocação de pinos e foi surpreendido com mal de Parkinson e Linfoma em tratamento quimioterápico.

67. Experimentou a angustia da morte no inicio do seu Linfoma, como uma condenação imediata. Aflito pelo que ainda tinha o que fazer do inacabado, guardou para si alguns dias de segredo da doença, até que resolveu encará-la de frente como uma normalidade de qualquer doença curável e passageira. Contando a seus familiares e amigos o que se passava.

68. Doou seu corpo para a Faculdade de Medicina da Santa Casa, para fins pedagógicos.

69. No campo espiritual aprecia o Kardecismo, tendo cursado a Filosofia Espirita no Instituto Espirita de Estudos Filosóficos. Estudou os fenômenos parapsicológicos do Frei Albino. Interessa-se pelos OVN’s objetos voadores não identificados. Aprecia o Universo como entidade sobrenatural e suas consequências na vida humana. Concilia sua Fé entre outras religiões, a busca da verdade. Convive com sobrenatural na vida cotidiana, observando sua influencia no comportamento das pessoas. Pratica a transmissão do pensamento com seus entes querido sendo correspondido com as Almas mais sensíveis e afins.

Espero ter cumprido o desafio da Vera Helena ao traçar essas linhas pautadas na minha vida pregressa a vida procedente dos meus dias até hoje, publicada neste livreto de memórias do passado ao presente.

INDICE POR PARÁGRAFO

DO TEXTO

2. Seu Batizado

3. Segunda Guerra Mundial

4. Brasil declara Guerra

5. FEB

6. Revolução Constitucionalista de 1932

7. Blecaute

8. Primeiro acidente do Chico quase cai na piscina

9. Segundo acidente do Chico cai do telhado.

10. Quebra a cabeça

11. Casa do vizinho

12. Sem sequela

13. Primeira Comunhão

14. A Rua Fausto Ferraz

15. Admissão ao Ginásio

16. Colmeia

17. Namoro com a Elvira

18. Seus empregos

19. CIBRAMAR

20. Comissário de Pista Automóvel Clube do Brasil

21. Suas amizades

22. Sua veia artística

23. Loteria Federal

24. Banco Itaú

25. Admissão na CESP

26. Jurado do Primeiro Tribunal do Júri

27. Faculdade Casper Libero

28. Noivado

29. Casamento

30. Escoteiro

31. Radio Amador

32. Peregrinação à Aparecida do Norte

33. Sua sogra Colette

34. Candidato a Vereador em Guarujá

35. Campista

36. Proprietário de Cavalo de Corrida

37. O Cassino

38. Atropelado

39. Dirigente Sindical

40. Alfabetizado em Hebraico

41. Tour pela Europa

42. Fidelidade das amigas

43. Curso de Madureza

44. Carta de Ruy Barbosa

45. Dedicatória de seu Pai

46. Faculdade de Direito de Guarulhos

47. Desapropriação

48. Sesqui Centenário da Independência

49. Exame da OABSP

50. Advogado da CESP

51. ORTUR

52. Viagem aos USA com a família

53. Aposentadoria na CESP

54. Jornalista

55. Coincidências

56. Seu namoro

57. Maçonaria

58. Livros publicados

59. Filiado às Associações Literárias

60. Membro das Academias de Letras

61. Academia Paulistana Maçônica de Letras

62. SOBRAMES-SP

63. DISLEXIA

64. RURALISTA

66.SAÚDE

67.LINFOMA

CHICO LUZ
Enviado por CHICO LUZ em 10/02/2021
Reeditado em 27/04/2021
Código do texto: T7181455
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