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Rosangela,
 
A cada dia que passa, mesmo que alimentes dúvidas, mais e mais eu me aproximo de ti, pois por incrível que pareça, eu até já ouço os murmúrios da tua alma.
A minha alma clama por ti, assim como a tua talvez clame por mim, então pergunto eu: Por que submetê-las a essa distância e a essa tortura incompreensível?
Eu sou um rio de emoções e tu és um mar de amor, por isso eu descerei as montanhas e os desfiladeiros, assim como atravessarei também as planícies, aí sim, eu irei me misturar a ti no delta do nosso benquerer, desembocando todos os nossos anseios mais do que ocultos.
Ah, como deve ser doce e encantador o encontro das nossas águas emocionais!
Pois eu te quero e, pelo que posso sentir, tu também me queres, assim poderemos mergulhar um no outro, vivendo em paz com as nossas águas emocionais, inexplicavelmente pacificadas e apaixonadas.
Um poeta também se faz rio, para encontrar o seu mar.
 
 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 23/03/2009
Código do texto: T1501360